A Usina Hidrelétrica de Itaipu é uma usina binacional instalada no Rio Paraná, bem na fronteira entre o Brasil e o Paraguai
É uma grande construção que foi feita tendo por base o interesse comum entre os dois países e pertence a ambos de forma igual.
A construção da usina
Durante a década de 1960, Brasil e Paraguai se reuniram diversas vezes para estudar a viabilidade de construírem juntos uma usina. Mas só somente na década de 1970 que foi assinado o Tratado de Itaipu, marco inicial para o início das obras.
A partir de então foi feita uma licitação internacional para selecionar quem faria o projeto inicial. Saiu vencedor um consórcio das empresas IECO (Estados Unidos) e a ELC (Itália), sendo a execução principiada em 1971.
Em 26 de abril de 1973, assinou-se o Tratado de Itaipu, cujo fim seria a forma de usar o Rio Paraná para a construção da usina. Cinco anos mais tarde o curso do Rio Paraná foi desviado visando o início da construção da barragem.
No dia 12 de outubro de 1982, foram finalizadas as obras da barragem e finalmente se abriram as comportas. Só que apenas em 5 de maio de 1984 que a usina começou a produzir energia elétrica.
O controverso Tratado de Itaipu
No Tratado de Itaipu constou que a energia elétrica gerada seria dividida em partes iguais entre os dois países. No entanto, caso uma das partes não usasse toda cota de direito, daria preferência de compra ao sócio, mas a preço de custo.
Ocorre que o Paraguai só utiliza 5% da metade que lhe cabe, por isso vende ao Brasil os 45% restantes. Durante o governo do presidente Fernando Lugo, o Paraguai começou a contestar a compra, a preço de custo, feita pelo Brasil. Ocorre que essa sempre foi uma compensação pelo fato de os maiores gastos terem sido brasileiros.
Em 2009, entretanto, durante o governo Lula, o Brasil cedeu à pressão paraguaia e concordou em triplicar o valor pago. A taxa anual paga pelo Brasil é de US$ 120 milhões, posto que o Paraguai usa uma ínfima quantidade da energia produzida.
As questões ambiental e social
Para que Itaipu pudesse operar, o preço ambiental a ser pago foi bem amargo. Foi inundada uma área estimada de 1.500 km2 de florestas e terras férteis. A belíssima Cachoeira de Sete Quedas também sucumbiu à subida das águas.
Na medida que a água começou a subir, equipes de ambientalistas saíram a campo para salvar animais desesperados. Os voluntários resgataram mais de 4.500 lagartos, macacos, porcos-espinhos, roedores, preguiças, porcos e gatos do mato etc.
Itaipu não teria se efetivado sem a desapropriação de 42.444 moradores da região, quase todos pequenos agricultores. O valor baixo das indenizações levou parte dessa gente para a cidade grande, onde a adaptação era um suplício. Dos descontentes surgiu o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.
Os números astronômicos
É espantoso quando se observa a grandiosidade dos números de Itaipu, ainda mais vindo de dois países subdesenvolvidos.
Para desviar o volumoso Rio Paraná, que é o sétimo maior do mundo, foram necessários 50 milhões de toneladas de terra e pedra. Foi empregado tanto concreto que daria para construir mais de duas centenas de estádios de futebol como o Maracanã. Só com o aço empregado seria possível levantar 380 Torres Eiffel.
O Eurotúnel é um túnel ferroviário de 50,5 quilômetros de extensão, construído para interligar Inglaterra e França. Mas em Itaipu o volume de escavação foi oito vezes maior que o do Eurotúnel. Por fim, é bom lembrar que 40 mil pessoas trabalharam na construção da barragem de Itaipu.
Gostou de conhecer um pouco mais da grandiosidade de Itaipu? Então não deixe de ler sobre a Era Arqueozoica, quando surgiram as primeiras formas de vida.
Fonte: Wikipédia, Visite Foz, Mundo Educação, Foz do Iguaçu, Turismo, De Mochila e Caneca, Loumar, Info Escola, Brasil Escola.
Fonte da imagem: O Paraná, Hotel Mirante Foz, Wikinews, Giovaniafoz.