A Coluna Prestes foi um levante político-militar que marchou pelo Brasil entre 1925 e 1927. Fez parte do Tenentismo, que visava pôr fim à República Velha e às oligarquias agrárias no poder.
Calcula-se que a marcha tenha percorrido por volta de 25 mil quilômetros, posto que cruzou onze Estados. Composta inicialmente por 1.500 soldados, foi recebendo adesão no caminho, inclusive de muitos civis.
Por onde passavam, seus líderes faziam comícios para alertar a população sobre os problemas nacionais. Só que às vezes eram recebidos com hostilidade e medo, já que a propagando oficial estava sempre um passo à frente.
Contexto Histórico
A Coluna Prestes está inserida no movimento do Tenentismo, que foram levantes político-militares na década de 1920. O descontentamento com a perpetuação das oligarquias agrárias no poder era grande e atrasava o país. Não havia eleições justas, posto que o voto era aberto e isso propiciava um controle por parte dos coronéis.
Eram também reivindicações da Coluna a obrigatoriedade do ensino público e primário. Pregavam igualmente o fim da desigualdade social e do chamado voto de cabresto.
Embora o Tenentismo não tenha conseguido a queda da República Velha, serviu para chamar a atenção do país. Esse movimento manteve acesa a oposição à Política Café com Leite, que era o revezamento entre São Paulo e Minas Gerais na Presidência da República.
O Tenentismo, além da Coluna Prestes, também deflagou a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, em 1922. Igualmente é creditado ao movimento a Revolta Paulista de 1924 e a Comuna de Manaus de 1924.
A longa marcha da Coluna Prestes
Os remanescentes da Revolução de 1924, em São Paulo, se uniram às tropas lideradas por Luís Carlos Prestes, Siqueira Campos e João Alberto.
No mês de abril de 1925, Luís Carlos Prestes organizou a Coluna que levou seu sobrenome. O objetivo era uma longa marcha pelo interior do Brasil visando derrubar o governo. E assim 1.500 soldados partiram de Alegrete/RS e percorreram aproximadamente 25 mil quilômetros.
Ele passaram pelos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia, Piauí, Maranhão, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Pregavam contra o governo, tentavam convencer o povo a se rebelar, mas eram recebidos com certa desconfiança.
Chamados de Revoltosos, eram sempre precedidos pela propaganda oficial que alertava que eles eram bandidos. Com medo, o povo fugia para o mato, enterrava dinheiro e não raro os enfrentava com arma. Também havia as forças legalistas sempre no seu encalço.
O fim da Coluna no exterior
Luís Carlos Prestes foi apelidado de Cavaleiro da Esperança, por conta de suas pregações, posto que dava alento ao povo. Em seus discursos inflamados ele sempre dizia acreditar num Brasil melhor e mais justo.
Mas após dois anos de marcha pelo interior, no ano de 1927 os revoltosos decidiram pôr fim ao movimento. Sabedores de que não poderiam permanecer do Brasil, optaram pelo exílio em países vizinhos.
Embora a Coluna Prestes não tenha alcançado o objetivo de acabar com a República Velha, foi um alerta popular. Ela inspirou a Revolução de 1930, que poria Getúlio Vargas no poder e sepultaria de vez a Política Café com Leite.
Achou interessante saber sobre a Coluna Prestes, então lei também sobre o que foi a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana.
Fonte: Wikipédia, Info Escola, Sua Pesquisa, FGV, História Net, Brasil Escola, Toda Matéria, Escola Kids, Educação, Mundo Educação, Infopédia.
Fonte da imagem: Lavra Palavra, História de Tudo, Revolução Brasileira, História Mundi.