Revolução Puritana: resumo, contexto, causas e consequências

A Revolução Puritana foi uma Guerra Civil entre o exército real e o exército do Parlamento. Descubra quais foram as causas do conflito

Revolução Puritana

A Revolução Puritana foi uma Guerra Civil Inglesa, entre o exército real e o exército do Parlamento. O conflito ocorreu porque o rei Carlos I queria se manter como um rei absolutista, ao passo em que o Parlamento era contra essa forma de governo.

Além disso, na Inglaterra surgiram várias religiões cristãs após a Reforma Protestante e o rei Carlos I, proibia a prática dessas religiões. Sendo assim, existia um descontentamento e a busca pela liberdade religiosa entre a população inglesa.

Sendo assim, o exército real entrou em conflito com o exército do Parlamento, liderado por Oliver Cromwell. As tropas de Cromwell massacraram o exército real, dando fim ao absolutismo na Inglaterra. Já o rei Carlos I foi preso, julgado e condenado à morte.

Uma das principais consequências da Revolução Puritana, foi o fim da monarquia absolutista e a adoção da monarquia constitucional, onde o rei tem poderes limitados e precisa respeitar as leis.

Resumo sobre a Revolução Puritana

  • A Revolução Puritana foi uma guerra civil que envolvendo o rei Carlos I e o Parlamento inglês.
  • O conflito foi entre as tropas reais e o exército do Parlamento cujo líder era Oliver Cromwell.
  • Dentre as causas da revolução, está a ascensão da religião puritana, já que os adeptos da nova religião protestante eram a favor da liberdade de culto, coisa que o rei não deixava.
  • O rei queria aumentar os impostos, sem a autorização prévia do Parlamento.
  • Uma das principais consequências da Revolução, foi o fim da monarquia absolutista e a adoção da monarquia constitucional.

Antecedentes e contexto histórico

Com a Reforma Protestante, houve uma ruptura no cristianismo europeu, desse modo a Igreja Católica deixou de ser a única religião cristã. Isso porque várias outras religiões surgiram, cada uma delas com uma doutrina e ensinamentos próprios.

A nova fé cristã se espalhou rapidamente pela Europa e não tardou a chegar ao campo político, inclusive, muitos monarcas se aproveitaram deste cenário de tensão religiosa, para concentrar mais poderes. Por exemplo, muitos reis europeus romperam com o Vaticano e aderiram às novas doutrinas.

Nesse cenário, a Igreja Católica tentou, por meio da Contrarreforma, reverter os fiéis e a força que ela havia perdido. Ao mesmo tempo em que haviam reis que aderiram às novas doutrinas, outros apenas reforçaram a sua fé católica e usaram a força de seu poder absoluto, para impor o cristianismo católico ao povo.

Sendo assim, os protestantes foram perseguidos e impedidos de praticar a sua nova fé. Até o século XVII, a Inglaterra era uma monarquia absolutista. O absolutismo era baseado na ideia de que o monarca tinha origem divina, portanto, ele não deveria ser questionado, apenas obedecido.

Contudo, o Parlamento era uma importante instituição que se contrapunha ao rei absoluto. No ano de 1628, o Parlamento inglês aprovou uma Petição de Direitos, que visava limitar o poder do rei e reforçar a participação dos parlamentares nas decisões.

Uma das coisas definidas na petição, era que não poderia haver prisões arbitrárias e se o rei quisesse subir os impostos, ele deveria apresentar um projeto para o parlamento.

Nesse cenário, a burguesia também passava por mudanças, se tornando uma classe social em ascensão e querendo fazer parte das decisões do governo. Nesse contexto, a religião puritana se adequava aos burgueses, já que ela não condenava o lucro, enquanto a Igreja Católica condenava.

Quais foram as causas da Revolução Puritana?

No ano de 1640, a Inglaterra estava passando por uma grave crise econômica, mas o rei Carlos I queria subir os impostos para sanar as finanças do reino. No entanto, para aumentar os impostos, era preciso da aprovação do Parlamento, que não foi concedida.

O monarca não gostou da limitação e reivindicou seus poderes absolutistas na questão da cobrança de impostos. A população inglesa foi contra, já que, além de ter que pagar mais impostos, havia a questão de que o Parlamento não havia aprovado.

Além desse empate entre o rei e o Parlamento, havia ainda a questão religiosa, uma vez que o rei impôs a religião anglicana aos calvinistas e puritanos. A população ficou revoltada com a interferência real nas igrejas e exigiu maior liberdade religiosa.

Existia ainda a questão de que a burguesia em ascensão passou a ocupar cargos pertencentes a nobres no Parlamento, com isso, os interesses burgueses passaram a se sobrepor aos dos nobres.

No fim das contas, o rei Carlos I não cumpriu a petição do Parlamento e manteve a sua imposição de cobrar os impostos. Com isso, ele entrou em guerra contra o exército do Parlamento, causando a Revolução Puritana.

Como foi o conflito?

A Revolução Puritana teve início em 1642, quando o exército real entrou em conflito com o exército do Parlamento inglês. Sendo que o exército do Parlamento tinha como líder Oliver Cromwell, que conseguiu derrotar os soldados do exército real.

Esse foi um evento marcante para a história do país, pois significou o fim do absolutismo na Inglaterra. A partir de então, foi instalada a monarquia constitucional, que é a vigente até os dias atuais. Desse modo, o rei passou a ter poderes limitados e precisa respeitar as leis.

Durante a guerra civil, o rei Carlos I foi preso pelo exército do Parlamento e, após ser julgado por traição, foi condenado à morte. A sua decapitação ocorreu em janeiro de 1649, em frente ao Palácio de Whitehall, em Londres.

Contribuições de Oliver Crowmwell à Revolução Puritana

Durante a Guerra Civil, a liderança do exército do Parlamento foi responsabilidade de Oliver Cromwell, que entrou na guerra motivado pela defesa da liberdade religiosa.

Como líder, Cromwell deu início ao chamado Novo Modelo de Exército, onde os soldados não eram mais escolhidos por títulos de nobreza, mas sim pelo merecimento.

Sendo assim, Cromwell ampliou a participação de soldados de classes menos abastadas nas tropas do Parlamento. Cromwell também permitiu a participação dos soldados nas decisões de comando.

Ou seja, as questões políticas também estavam em pauta, já que o aumento da conscientização das tropas sobre o que acontecia na Inglaterra sob o reinado de Carlos I serviu de motivação para que eles lutassem com mais afinco contra o rei.

Além disso, os soldados aderiram ao puritanismo e a perseguição religiosa implantada pelo rei se tornou mais um importante motivo para que o exército do Parlamento derrotasse as tropas do rei. Portanto, as medidas tomadas por Cromwell foram essenciais para que eles ganhassem a guerra.

No ano de 1647, o Novo Modelo de Exército decidiu, sem nenhuma ordem superior, sequestrar o rei Carlos I. Sem o seu líder, as tropas reais se enfraqueceram e foram dizimadas pelas tropas do Parlamento em 1649.

Consequências da Revolução Gloriosa e da Puritana

A Revolução Puritana teve fim em 1649 e proporcionou grandes mudanças na Inglaterra. Uma das principais, foi o fim do absolutismo em território inglês. Além disso, o Parlamento se fortaleceu politicamente ao limitar as ações do monarca e ganhar a guerra.

Portanto, a Revolução Puritana foi fundamental para o fim da monarquia absolutista na Inglaterra. Inclusive, a derrota das tropas reais pelo exército de Oliver Cromwell fez com que ele subisse ao cargo de líder político.

Com o fim do absolutismo, a Inglaterra passou a uma nova forma de governo, foi instalada a monarquia constitucional, sob a liderança política de Oliver Cromwell.

Posteriormente, a Inglaterra passou a ter outro rei absolutista: Jaime II, que assumiu o trono inglês em 1688. Em resumo, Jaime II também entrou em conflito com o Parlamento, já que desejava governar de forma absolutista.

No entanto, a Revolução Gloriosa depôs Jaime II. Com isso, Guilherme de Orange foi coroado como rei inglês. O novo rei assinou a Petição de Direitos junto ao Parlamento e se comprometeu a não passar dos limites dos seus poderes.

A Revolução Puritana e a Revolução Gloriosa são dois momentos que constituem a Revolução Inglesa. Ambas foram muito importantes para pôr fim aos reis absolutistas e garantir que a Inglaterra continuaria em uma monarquia constitucional.

 

Fontes; História do Mundo; Info Escola; Toda Matéria; e, por fim; Brasil Escola.

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