A Proclamação da República Brasileira ocorreu no dia 15 de novembro de 1889. Foi um golpe arquitetado por políticos contrários à Monarquia e militares fortalecidos pela Guerra do Paraguai. Nesse cenário se iniciou a República brasileira.
Mas devemos ressaltar também o período do Brasil Império, que foi de 1822 até 1889, tempo em que se deram muitos acontecimentos decisivos para a nossa história.
Os últimos dias do Império em crise
A ideia de transformar o Brasil numa República já era manifesta em muitas revoltas. A última delas foi a Revolução Farroupilha (1835-1845). Mas foram as mudanças sociais que lentamente prepararam o cenário.
O Brasil passava por um processo de industrialização e a cafeicultura paulista aumentava significativamente sua produção e influência. Esses novos seguimentos sociais desejavam participar mais ativamente da política e não tinham espaço na Monarquia.
Some-se a isso o fato de os militares, vitoriosos da Guerra do Paraguai, se aproximarem das ideias positivistas dos republicanos. Também a Igreja Católica, um dos sustentáculos da Monarquia, deixou de apoiá-la depois que teve suas medidas contra a maçonaria anuladas por Dom Pedro II.
E com a abolição da escravidão (1888) a Monarquia perdeu o grande apoio com fazendeiros. Falava-se abertamente no tema da Proclamação da República.
A Proclamação da República
O Marechal Deodoro da Fonseca foi quem proclamou a República e se tornou também seu primeiro presidente. O governo provisório que durou de 1889 a 1891.
Ele era herói na guerra do Paraguai (1864-1870), comandando um dos Batalhões de Brigada Expedicionária. Era um fervoroso defensor da Monarquia. Adoentado, sofria de constantes falta de ar.
Tanto Deodoro quanto os demais militares que o seguiam pelas ruas do Rio de Janeiro, naquela 15 de novembro de 1889, não eram republicanos. Mas ainda assim derrubaram a Monarquia por acreditarem na notícia falsa que seriam presos por conta da insurgência dos militares.
Uma ata redigida pelos republicanos declarou instalado no Brasil o regime republicano e federativo. Dom Pedro II se recusou a resistir militarmente e foi exilado juntamente com seus familiares.
Tempos conturbados na jovem República
O Governo Republicano Provisório foi ocupado por Marechal Deodoro da Fonseca como Presidente, Marechal Floriano Peixoto como vice-presidente e como ministros: Benjamin Constant, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e o Almirante Eduardo Wandenkolk.
Os primeiros tempos da República foram tumultuados. Houve levante em quartel e a imprensa foi acusada de insuflar perturbações contra o novo regime. Então Deodoro instituiu a censura e suprimiu a liberdade de imprensa.
Foi decretada a separação entre a Igreja e o Estado, proibindo-se o ensino de religião da escolas e institucionalizando o casamento civil. Foi promulgado o novo Código Penal, que extinguiu a pena de morte no Brasil.
O Governo Provisório durou de 1889 a 1891, quando foram feitas as primeiras eleições republicanas e o próprio Deodoro saiu vitorioso. Também em 1891 foi promulgada a primeira Constituição Federal republicana.
Nove meses depois de tomar posse como presidente eleito, Deodoro dá um Golpe de Estado, fecha o Congresso Nacional que queria investigá-lo, institui o estado de sítio e inicia uma ditadura militar.
Era o dia 3 de novembro de 1891. Vinte dias depois, como a Marinha ameaçasse bombardear o Rio de Janeiro, ele renunciou ao cargo e assumiu o vice-presidente Floriano Peixoto.
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Fonte: Info Escola, Toda Matéria, Sua Pesquisa, História do Mundo.