O Pré-Modernismo foi um período literário marcado pelo rompimento com o Simbolismo. Os autores dessa época se voltaram para temas da realidade social brasileira.
Não é considerado uma escola literária, posto que as obras produzidas não seguem tendência única. Por isso ele é reconhecido como uma transição entre o Simbolismo e o Modernismo.
O Pré-Modernismo se iniciou no princípio do século XIX, inclusive se estendendo até a Semana de Arte Moderna (1922).
Considerações sobre o período
Diz-se que o Pré-Modernismo não é uma escola literária, posto que os autores seguem numa linha individual. Cada qual segue no rumo que bem entende, por isso não se unem numa frente só.
Além do mais, eles são conservadores, já que mantêm na estética certos valores Naturalistas. Resistem a inovações mais ousadas nos textos, posto que são ainda formais, acadêmicos.
Só que se diferenciam pela busca de temas que abranjam a realidade vivida pelo Brasil na época. A descrição da Guerra de Canudos, feita por Euclides da Cunha, serve como exemplo. O escritor se embrenhou no sertão e contou a vida, as misérias e as crenças religiosas do sertanejo.
São características do Pré-Modernismo
O Pré-modernismo se caracterizou pelo seguinte:
- rompimento com o Simbolismo
- nada de passado ou linguagem parnasiana
- presença da linguagem coloquial e textos simplificados
- os temas contaram sobre a realidade social brasileira
- temática regionalista e nacionalista
- os personagens passa a ser o negro, o caipira e o sertanejo
Quais os autores brasileiros do Pré-modernismo?
No Pré-Modernismo os escritores passam a expor melhor a realidade social. Com isso criticam mais os problemas da sociedade, além dos modelos literários anteriores.
Os escritores desse período rejeitam a linguagem formal do Arcadismo. Também passam a se dedicar a temas políticos, históricos e econômicos. Foram influenciados pelo momento de instabilidade pelo qual passava o Brasil.
Podemos mencionar a Politica Café com Leite, além das revoltas da Vacina, da Chibata, da Armada e de Canudos. Destacaram-se na prosa os escritores Euclides da Cunha, Graça Aranha, Monteiro Lobato e Lima Barreto.
Euclides da Cunha publicou “Os Sertões: Campanha de Canudos” (1902). A obra é dividida em três tomos, a saber: “A Terra”, “O Homem” e “A Luta”. Conta a vida dos sertanejos, assim como a Guerra de Canudos.
Graça Aranha publicou “Canaã” (1902), que fala da migração alemã no Espírito Santo. Destacou-se também com “Malazarte” (1914), “A Estética da Vida” (1921) e “Espírito Moderno” (1925).
Monteiro Lobato se tornou célebre pela série de livros infantis chamada “Sítio do Pica-pau Amarelo”. Mas sua obra é bem mais vasta, como o livro “Urupês” (1918), além de “Cidades Mortas” (1919).
Lima Barreto se imortalizou com “O Triste Fim de Policarpo Quaresma” (1915). A obra foi escrita em linguagem coloquial, além de criticar sociedade urbana da época.
Leia também sobre o Parnasianismo, o que é, onde surgiu e quais suas características literárias.
Fonte: Stoodi, Toda Matéria, Wikipédia, Educação, Brasil Escola, Info Escola, Só Literatura, Passei Web, Sua Pesquisa, Cola da Web, Mundo Educação, Me Sava!
Fonte das imagens: Quem Não Gosta de Literatura, Mercado Livre, Extra.