A Plataforma continental está presente em litorais de todos os continentes. Ela é uma faixa de terra plana submersa. Contudo, tem uma descida que vai acabando pouco a pouco. Só chega ao fim quando começa a talude continental.
Essa faixa de terra vai de 70 a 90 quilômetros. Ou seja, 1 metro de declive suave a cada 1000 metros de distância. Sendo assim, a profundidade pode chegar até 200 metros.
O tamanho da Plataforma Continental é maior às margens do Oceano Atlântico. O motivo é que possui uma movimentação passiva. Sendo assim, no Sudeste do Brasil essa faixa de terra é maior que no Nordeste. Todavia, no Oceano Pacífico a largura da plataforma é menor por ser mais ativa.
Características da Plataforma Continental
Vale ressaltar que essas faixas de terra são divididas em três tipos. Portanto, plataforma continental proximal, plataforma continental média e plataforma continental distal.
Plataforma Continental Proximal
Esse tipo de plataforma continental é o mais próximo das praias. Por isso, tem uma maior movimentação de ondas. Sendo assim, é recheada com recursos minerais. Além disso, tem um grande volume de plânctons, águas-vivas e algas marinhas. Ou seja, são fotossintetizantes. Portanto, os raios de sol conseguem chegar ao fundo da água.
Faixa Média
Essa parte da plataforma continental já é parcialmente distante das praias. Sendo assim, é onde se concentra um maior número de vida marinha. Por exemplo, peixes, corais, mamíferos marinhos, moluscos e aves marinhas. Ademais, é o tipo de plataforma continental onde se concentra o maior número de regiões pesqueiras.
Plataforma Continental Distal
E por último, a plataforma continental distal que é ainda mais longe do que a proximal e a média. Sendo assim, é mais próxima da Talude Continental. Nesse caso, 95% dos animais marinhos estão nesta faixa. Por exemplo, estrelas do mar e ouriços. Nessa área, apesar de fraco, o impacto das ondas ainda podem ser sentidas.
Além disso, esse é o tipo de faixa de terra submersa onde está a maior concentração de pesca mundial. Portanto, essa prática deve ser realizada a uma distância de 350 milhas marítimas após as linhas de base com uma curvatura de 2500 metros.
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Bibliografia:
TESSLER, M. G & MAHIQUES, M.M. de. Processos oceânicos e a fisiografia dos fundos marinhos. IN: TEIXEIRA, W. et al. Decifrando a Terra. São Paulo, Oficina de Textos, 2000. 568p. Il. p. 261-284. il.
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Boillot, G. (1984)- Geología de los Márgenes Continentales – tradução espanhola do original francês (1984) para Masson S.A., Barcelona
Introdução à Geologia Marinha – Neto, José Antônio Baptista; Ponzi, Vera Regina Abelin; Sichel, Susanna Eleonora. 2004. Editora Interciência.
O Planeta Azul – Uma Introdução as Ciências Marinhas – João Marcos Miragaia Schmiegelow. 2004. Editora Interciência.
Fontes: Unifap, CPRM, Info Escola, Zona Costeira
Imagens: Atlas Histórico da Península Ibérica, Pinterest, Resort Beds, Puzzle Garage