A Revolta dos 18 do Forte de Copacabana foi um levante político-militar ocorrido em 5 de julho de 1922. Foi liderada pelo Capitão Euclides Hermes da Fonseca e pelo Tenente Siqueira Campos.
Eles se sublevaram em protestos contra a política brasileira que beneficiava as oligarquias ruralistas. O levante era para ser bem maior, só que os militares de alta patente foram covardes e desistiram na última hora.
No dia do confronto, 17 militares e um civil marcharam pela Praia de Copacabana e foram insanamente contra 3.000 soldados do Exército.
Contexto Histórico
A longa dominação política das oligarquias ruralistas causava grande descontentamento, já que não havia plena democracia. O voto era aberto, ou seja, os coronéis sabiam em quem a pessoa votou e isso causava temor de ir contra o candidato indicado.
Não bastasse isso, São Paulo e Minas Gerais se revezavam na Presidência da República, na chamada Política Café com Leite. O país passava por forte crise econômica e o ensino estava deficitário. Havia um ideal democrática almejado, que se afastava com o poder do latifúndio.
Por tudo isso, os oficiais de baixa patente planejavam acabar com a República Velha, posto que era preciso rever a democracia. Planejou-se então uma insurreição em grandes proporções, mas que não teve o alcance desejado.
O poder das oligarquias
Em 1922, na campanha eleitoral para presidente, o governo mandou fechar o Clube Militar. O Marechal Hermes da Fonseca, seu presidente, também foi preso. Isso causou revolta entre os militares, sendo que vários quartéis combinaram de se amotinarem no dia 5 de julho de 1922.
Ocorre que somente o Forte de Copacabana e a Escola Militar se levantaram, sendo assim cercados pelo Exército. Os militares de alta patente, embora igualmente descontentes com os rumos da política, se acovardaram. Por isso só havia militares rasos, como tenentes, sargentes, cabos e soldados.
A Revolta
Assim que a Revolta dos 18 começou, o Forte do Copacabana foi bombardeado pela Fortaleza de Santa Cruz da Barra. Cercados e sob fogo cruzado, as três centenas de revoltosos continuavam dispostas a resistir. Mas na manhã do dia 6, só restavam vinte e nove combatentes.
O comandante do Forte, Capitão Euclides Hermes da Fonseca, foi negociar uma rendição e o prenderam. Os que sobraram cortaram a bandeira do Brasil e guardaram os pedaços. Então saíram pela Avenida Atlântica rumo ao Leme dispostos a matar ou morrer pela causa, para tomar o palácio do governo.
Só que após as deserções, restaram 17 militares na marcha, sendo que a eles se juntou um civil gaúcho de nome Otávio Correa. Ele prosseguiram na jornada suicida no rumo das forças oficiais que somava mais de 3.000 homens armados.
Intenso foi o tiroteio e a areia da Praia de Copacabana se tingiu de sangue. Somente sobreviveram feridos os tenentes Antônio de Siqueira Campos e Eduardo Gomes, além de alguns soldados.
Consequências da Revolta
A Revolta dos 18 do Forte de Copacabana foi a primeira do Movimento Tenentista. Depois vieram a Revolta Paulista, a Comuna de Manaus e a Coluna Prestes. Esses levantes precederam a Revolução de 1930, que finalmente tirou as oligarquias ruralistas do poder, através de Getúlio Vargas.
Foi muito tenso esse levante militar em plena Praia de Copacabana, concorda? Pois leia também uma matéria sobre a Revolta das Barcas e seu reflexo na travessia Rio/Niterói.
Fonte: Wikipédia, História do Brasil, Info Escola, Toda Matéria, Forte, Copacabana em Foco, História Net, Estudo Prático, Cola da Web, Brasil Escola.
Fonte das imagens: O Sul, Café com História, Wikimédia.