A conurbação é o nome dado ao fenômeno urbano de desenvolvimento acelerado nas cidades modernas. De antemão, é quando duas ou mais cidades se expandem tanto ao ponto de uma ultrapassar o limite municipal da outra, fazendo assim uma junção entre os municípios.
Em muitos casos é difícil até diferenciar onde acaba uma cidade e onde começa a outra. Geralmente, esse fenômeno ocorre em cidades próximas de metrópoles, ou seja, locais bem populosos. Inclusive, a maioria das regiões metropolitanas são formadas através da conurbação.
Vale ressaltar que, em regiões em que ocorre a conurbação, é comum as cidades menores dependerem muito da cidade maior. Nesse sentido, as áreas do entorno dependem da metrópole, onde grande parte da população se desloca diariamente para trabalhar por lá.
Nesse interim, tais cidades podem ser chamadas de “cidades-dormitórios”, pois durante o dia a comunidade faz a maioria das suas atividades na cidade. Dessa forma, observa-se o fenômeno denominado migração pendular.
Processo de Conurbação
O processo de conurbação vem da grande urbanização no meio urbano, que se dá quando as pessoas abandonam o campo e migram para os centros urbanos, o que é definido como êxodo rural. Bem como, com o crescimento acelerado e desordenado, e com a industrialização cada vez maior, é comum as cidades expandirem.
Primeiramente, no século XIX o modo de vida das pessoas era diferente, focado nos campos e na parte agrária. Além disso, a economia girava em torno do café. Posteriormente, após a revolução industrial, o meio urbano ganhou força.
Com isso, nos dias atuais, a indústria é tão essencial para a economia quanto o setor primário (agricultura e pecuária). Dessa forma, o crescimento foi vertical (construção de vários prédios) e horizontal (criação de subúrbios e cidades do entorno), que contribuiu com a conurbação.
Nesse interim, surgiram as regiões metropolitanas. Basicamente, são municípios menores que estão conectados com uma metrópole, ou seja, que possuem densidade populacional de mais de 1 milhão de habitantes.
Para ser tornar uma metrópole, a cidade precisa ser muito populosa e concentrar grandes indústrias, para assim gerar um grande número de serviços para a região.
Todavia, é importante saber que para ser uma região metropolitana é necessário ter uma lei estadual que dê o aval, o que está previsto na Constituição de 88 no artigo 25.
Consequências
A conurbação, por ser um processo acelerado e sem planejamento, traz diversas consequências. Sendo assim, o principal deles é o que afeta a qualidade de vida das pessoas.
Em suma, há uma precariedade na maioria das cidades que passaram pela conurbação. Sendo assim, colapso no sistema de transporte público e crescimento da violência são as principais características negativas encontradas nesses locais.
Entretanto, a conurbação não traz apenas desvantagens. Portanto, a vantagem da junção das cidades é a forma como facilita a vida da população.
O fato de que os municípios são praticamente interligados possibilita o surgimento de mais oportunidades de emprego. Além disso, é possível utilizar serviços de saúde e educação das cidades vizinhas.
Conurbação no Brasil
No Brasil, a conurbação é mais recente, devido à industrialização tardia. As primeiras cidades conurbadas no país foram São Paulo e Rio de Janeiro, que são as maiores regiões metropolitanas brasileiras. Além disso, elas já são consideradas megacidades.
A cidade de São Paulo tem uma região metropolitana tão grande, devido à conurbação, que agrega 39 municípios na “grande São Paulo”.
Outras regiões que podem ser citadas no país são: Belo Horizonte, Goiânia, Curitiba e Londrina.
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Fonte: Toda Matéria, Brasil Escola e Mundo Educação
Imagens: Jornal Todo Dia, Meio Ambiente Técnico, Guia do estudante, Conhecimento Cientifico e Baixar Mapas