Imagine a situação: uma igreja com 16 metros de altura e 61 metros de comprimento, que estava submersa desde 1966, simplesmente surge das águas do Rio Grijalva, o segundo maior do México. A falta de chuva na região também favoreceu o aparecimento da Igreja de Quechula, erguido no século XVI.
Desde sua primeira submersão a igreja já reapareceu três vezes, mas essa última foi a mais expressiva delas. É possível que a construção da igreja esteja vinculada ao grupo de monges liderados pelo Frei Bartolome de la Casas, e estima-se que ela foi construída quando chegaram na região com colonos espanhóis em meados do século 16.
A Igreja de Quechula foi gradativamente abandonada entre os anos 1773 e 1776 por conta de pragas. De acordo com o arquiteto Carlos Navarete, que trabalhou em um relatório sobre a estrutura, as epidemias eram comuns nas Américas a partir do final do século XV. Hoje a mesma região é povoada por indígenas da etnia Zoque.
Assista cenas da Igreja de Quechula no Youtube:
Mistério: Por que a Igreja de Quechula aparece e desaparece?
Existem quatro barragens ao longo do Rio Grijalva. Uma delas é a barragem de Malpaso, que se trata de uma importante hidrelétrica que fornece energia para vários estados México (sobretudo do sudeste). Em agosto deste ano, o Rio estava 11 metros abaixo dos níveis médios da região.
Especialistas calculam que a Igreja de Quechula só pode ser vista quando o nível da água chega a 25 metros. A última vez que isso ocorreu foi em 2002. Na época, devotos caminharam ao templo e uma missa foi realizada entre as paredes cobertas de lodo seco.