Em suma, a mecânica quântica estuda tudo aquilo que não se vê, mas que está em todo lugar. Átomos, moléculas, prótons, nêutrons, elétrons e diversas outras partículas atômicas e subatômicas são objeto de análise dessa linha de pesquisa. Ademais, a mecânica quântica nasce da incerteza e adota esse princípio como sua base.
Apesar de dificilmente explicável e amplamente incompreensível, a mecânica quântica é uma das teorias mais coerentes já apresentadas na área científica. Inclusive, seus estudos são responsáveis por possibilitar a compreensão de muitos fenômenos não explicados pela física.
Além de contar com diversas peculiaridades, a mecânica quântica também chega a questionar alguns dos princípios fundamentais da história da física. Porém, antes de tentar compreender sua aplicabilidade, algo que, para muitos estudiosos, nem é garantido, é preciso conhecer sua história e conceituação.
Origem da mecânica quântica
O início da mecânica quântica caminha junto com a descoberta de novas radiações. Em 1900, Max Planck, um físico alemão, começou a estudar o “quantum“. O termo em latim, do qual mais tarde se derivou a palavra “quântica”, significa quantidade.
Na mecânica quântica, essa unidade é atribuída para pacotes de energia. Cada quantidade limitada e indivisível da matéria, corresponde a um quantum. A teoria de Planck também mostra que, na natureza, a energia atua de forma descontínua e incompreensível para a física clássica, sendo necessária a física quântica.
Assim, a base de toda mecânica quântica foi estabelecida no século XX. No entanto, além de Planck, outros cientistas contribuíram para isso. Só para ilustrar, Werner Heisenberg, Niels Bohr, Max Born, John von Neumann, Paul Dirac, Wolfgang Pauli e Richard Feynman foram alguns dos colaboradores.
Porém, além desses, outros dois nomes se destacam na história da mecânica quântica: Albert Einstein e Erwin Schrödinger. Enquanto Einstein, em 1905, aplicou as ideias de Planck à luz, mostrando que ela não é apenas uma onda, como também uma partícula, em 1952, Schrödinger apresentou a teoria do multiverso.
Aplicabilidade dessa teoria
Visto que, na mecânica quântica, o comportamento das partículas naturais é imprevisível, tudo é probabilístico. Isso significa que as ações dessas partículas só podem ser antecipadas através de uma probabilidade. Logo, essa teoria aponta que a realidade é fluida e composta por diversas alternativas sobrepostas que são aleatoriamente sorteadas.
Basicamente, a realidade é determinada pelo observador e, por isso, Schrödinger sugeriu que uma possível interpretação para esse mistério é imaginar realidades paralelas capazes de projetar cada uma dessas probabilidades. Assim nasceu a ideia da teoria das cordas e do multiverso.
No fim das contas, a mecânica quântica se trata de uma base teórica e experimental para os campos da física e química. Inclusive, entre as áreas mais estudadas por ela estão: física atômica, física molecular, química computacional, química quântica, física de partículas e física nuclear.
Desde sua apresentação no século XX, a mecânica quântica segue sendo estudada e atualizada. Inclusive, muitas teorias passaram a associá-la com a espiritualidade. Contudo, seu foco segue sendo o estudo de fenômenos microscópicos e subatômicos.
E então, o que achou da matéria? Se gostou, confira também: Física Quântica, o que estuda? Origem, pensadores e espiritualidade.
Fontes: Superinteressante, Educa Mais Brasil, Brasil Escola.
Imagens: Universo Racionalista, SoCientifica, Medium.