Os Maias habitavam o atual sul do México, seus povos constituíam-se de sul americanos e da America Central setentrional. A junção dos povos, já no século XXI, estiva-se cerca de 6 milhões de maias, seu auge deu-se nos anos 250 d.C a 900 d.C. Este tempo recebeu o título de Período Clássico.
De fato, apesar de antiga, esta misteriosa civilização ficou conhecida por ser uma das mais modernas da época devido suas construções. Vários grupos étnicos contribuíram para essa evolução social. De origem pré-colombiana esses povos partilharam línguas e culturas levadas muitos anos como herança.
Arquitetura dos Maias
Como dito anteriormente, os Mais detinham uma das mais modernas arquiteturas da antiguidade. Sua capacidade de manuseio e domínio de diversos materiais lhes permitiram realizar grandes construções. Pedra, terra, argamassa, gesso, madeira, terracota, cerâmica, papel entre outras técnicas formavam as artes desses povos.
Templos, palácios e pirâmides eram exclusivamente usados para cerimônias religiosas reunindo milhares de pessoas durantes os atos. Dentro desses monumentos guardava-se obras de artes como pinturas, esculturas. A cada 5, ou 10 anos eles construíam um novo prédio, geralmente ao arredor de uma pirâmide.
Essas construções tinham acesso por escadas pelas laterias e, curiosamente, a serpente era gravada em muitos dos edifícios. Terraços eram feitos em seus topos para realizações do ritos religiosos, os interiores eram escuros devido a espessura das paredes. Não era muito funcional, mas, com toda certeza, de beleza esplêndida.
Sem sombra de dúvidas outro grande feito da civilização Maia foram os observatórios, também chamados de El Caracol. Feitos para estimar calendários, o templos guardavam mistérios arrepiantes como câmaras de sacrifício nos interiores.
Economia Maia
A agricultura dominava a economia dos Maias e a moeda de troca entre eles poderia ser em sementes específicas como cacau, material de artesanato, entre outras formas. O comércio era gerido também por troca de tecidos, jades e escravos. Mas, a base mesmo do comércio eram as plantações de milho dotadas de modernos sistemas de irrigação.
Infelizmente, as terras não dispunham de muitos recursos naturais o que levou-os a aumentar o conhecimento na agricultura. Drenagens desenvolvidas para preparo de terras ideais para plantio, solução de erosões com terraços e queimadas como forma de limpeza foram usadas.
Entretanto, durante as secas as queimadas empobreceram os campos de plantio o que prejudicou de forma estrema o cultivo de alimentos. Portanto, devido os métodos de plantio, as plantações duravam cerca de 3 anos, no máximo, no terreno usado.
Religião dos maias
A cultura dos Mais tornou-se um marco na história por sua peculiaridade. A religião em específico tinha força na civilização e através de suas crenças várias descobertas foram feitas.
Rituais sagrados
Primeiramente, suas crenças politeístas os levavam a práticas de cultos de oferenda aos deuses de sua religião. Ambos os povos acreditavam em paraísos mitológicos e em lugar chamado Tamoanchan. Tudo o que acontecia na natureza era regido por forças espirituais e por seus poderes ancestrais.
A relação com a natureza aqui é um fato de extrema importância para os povos Maias. Cavernas, por exemplo, eram vistas pela população como portais sagrados que davam acessos para outros mundos. Nesses espaços sagrados, contudo, ocorriam rituais realizados em oferenda aos deuses feitos com bastante frequência.
Por fim, outra forma de oferenda se dava por sacrifícios. Eles acreditavam que ao sacrificar alguém a oferenda entregue aos deuses garantiria o bom funcionamento do universo. Normalmente, para realização desses rituais sanguentos, prisioneiros guerreiros doavam suas próprias vidas para o ritual.
Crise da civilização Maia
Baseados na ideia de cidades-estado, o Maias nunca se estabeleceram como um Império. Toda cidade da civilização possuía independência em sua gestão. Cada local criava suas próprias leis, estruturas de comando, fronteiras e dessa forma estabeleciam relações de comércios entre si.
Portanto, essa singularidade de cada cidade não permitia muita confiança umas com as outras. Muitas guerras foram travadas entre elas, o domínio dos territórios vizinhos caracterizavam algumas das relações de poder existente entre os povos. Toda cidade tinha um ajaw, ou seja, um rei, e esta figura maior, com certeza, era tida como manifestação suprema dos deuses.
O poder do ajaw era passado por herança, ou seja, de pai para filho. Mas, uma curiosidade em relação a essa estrutura é que na ausência do “rei”, ou na falta de idade suficiente para o cargo o trono era cedido para a mulher.
Certamente, não foi possível manter para sempre este tipo de estrutura de sociedade e seu declínio veio. A princípio, pela redução drástica da população e pela busca por melhoria em outras regiões. Com a grande imigração, as cidades foram se esvaziando e sendo abandonadas por seus habitantes. A vinda dos Europeus também afetou drasticamente a civilização Maia.
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Fontes: Toda matéria, Escola educação, História do mundo. Brasil escola, Só história. História do Mundo, El País, Folha de Londrina, Colégio Friburgo.
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