José de Anchieta foi um padre católico, missionário da Companhia de Jesus. Foi ele que começou a catequização no Brasil.
Foi um dos fundadores do Colégio da Vila de São Paulo, num local que mais tarde viria a ser fundada a cidade.
Escritor de várias obras, há especial destaque para seu “Poema à Virgem”, inclusive escrito no cativeiro. Enquanto pôde, combateu o colonizador português, posto que tentou impedir a exploração dos índios.
A história de sua vida
Nasceu José de Anchieta em 19 de março de 1534, nas Canárias, Espanha. Ele era filho de João López de Anchieta e de Mência Diaz de Clavijo y Llarena. Inclusive Inácio de Loyola, que fundou a Companhia de Jesus, era seu parente.
Anchieta passou para Portugal aos 14 anos de idade, onde cursou Humanidades e Filosofia Real no Colégio das Artes. Dois anos mais tarde entrou no Colégio da Companhia de Jesus e, no ano seguinte, foi aprovado como noviço.
Após seus votos religiosos, decidiu vir para o Brasil numa missão para catequizar os nativos. Era o ano de 1553, ocasião em que ele contava apenas com 19 anos de idade.
Missão de catequização
Em 1553, com 19 anos, vem ao Brasil em missão dos Jesuítas para catequizar os índios. Eram chefiados pelo Padre Luís de Grã, posto que vieram na frota do governador-geral Duarte da Costa.
A meta inicial era a catequização apenas dos índios Carijós, só que se envolveram com as tribos de São Vicente aos campos de Piratininga. José de Anchieta se uniu a Manuel de Nóbrega numa parceria promissora.
Juntos eles desbravaram a Serra do Mar e seguiram no rumo do Planalto. Decidiram então ficar em Piratininga, com a finalidade de fundar ali o Colégio Jesuíta. Esse educandário, mais tarde, se tornaria a própria cidade de São Paulo, já que ela foi fundada em 25 de janeiro de 1554.
Entre 1555 e 1567 esteve envolvido em questões militares, já que se dedicou à expulsão dos franceses da Baía da Guanabara. Para isso usou seus conhecimentos na língua, além dos costumes indígenas para angariar apoio de tribos locais.
Ainda na parceria com Manuel da Nóbrega, ajuda Mem de Sá a fundar a cidade do Rio de Janeiro, em 1º de março de 1565. Faleceu no ano de 1597, aos 63 anos, acometido por uma doença, na atual Anchieta, Espírito Santo.
As obras que escreveu
José de Anchieta era um homem bem culto, posto que teve uma excelente educação. Por conta disso, escreveu: “Cartas”, “Informações”, “Fragmentos Históricos” e “Sermões”. Todos foram publicados pela Academia Brasileira de Letras, só que apenas em 1933.
Ele ainda escreveu: “Auto Representado na Festa de São Lourenço”, “Na Vila de Vitória” e “Na Visitação de Santa Isabel”. Por fim, vale menção “Poema à Virgem” e “Arte de Gramática da Língua Mais Usada na Costa do Brasil”. Ficou no folclore nacional a imagem sua escrevendo os versos de seus poemas na areia da praia.
Você sabia?
José de Anchieta sempre foi muito querido no Brasil, por isso recebeu várias homenagens. A Rodovia Anchieta é um exemplo, sendo uma das principais vias paulistas.
É conhecido também como o Apóstolo do Brasil, posto que iniciou a catequização dos índios. Ele foi beatificado em 1980, pela Igreja Católica, já em 2014 foi canonizado. Isso significa que agora se trata de São José de Anchieta.
Pelas obras que escreveu, considera-se Anchieta como membro do Quinhentismo, uma vez que são as primeiras criações literárias brasileiras.
Leia também sobre o Quinhentismo: o que foi, quando ocorreu e quem dele participou.
Fonte: Wikipédia, Info Escola, Toda Matéria, Sua Pesquisa, Brasil Escola, Cléofas, eBiografia, Só Literatura, Português, Histe.
Fonte das imagens: Brasio 247, Cais da Memória, Blog da Família, Youtube.