O éon Proterozoico é a maior subdivisão na escala de tempo geológico, visto que compreende quase metade da existência do planeta.
Naquele período, acumulou-se grande quantidade de oxigênio da atmosfera, o que ocasionou o extermínio de espécies anaeróbias.
Também ocorreu uma das maiores eras do gelo da história, posto que o oxigênio eliminou o efeito estufa e o planeta esfriou demais.
Características
Na escala de tempo geológico, há três subdivisões usadas pelos geólogos. A maior é o superéon (No Período Pré-Cambriano), um pouco abaixo vem o éon e, numa categoria menor, vem a era.
A palavra Proterozoico vem do grego “proteros”, que quer dizer anterior, somado a “zoikos” (animais). Esse éon abrange 2,5 bilhões e 542 milhões de anos.
O éon Proterozoico é fracionado em três eras geológicas distintas. A era Paleoproterozoico ocorreu de 2,5 a 1,6 bilhão de anos atrás, sendo que a Mesoproterozoico, de 1,6 bilhão de anos a 1 bilhão de anos. Por fim, a Neoproterozoico de 1 bilhão de anos a 542 milhões de anos atrás.
Surgem organismos mais sofisticados
No éon Proterozoico, tanto a atmosfera quanto os oceanos foram bastante alterados, devido ao crescimento de oxigênio. Com isso surgiram organismos mais sofisticados, posto que eram capazes de realizar a fotossíntese.
Organismo mais aperfeiçoados apareceram, alguns contendo células com membrana capaz de separar o núcleo do citoplasma. E pela primeira vez surgem na Terra variedades de algas vermelhas e verdes. Esses primeiros seres vivos habitavam em águas de pouca profundidade.
Aspectos geológicos
Em boa parte do Proterozoico a superfície do planeta era composta pelo supercontinente chamado Rodínia. Ele somente se quebrou no final do éon Proterozoico, ou seja, na era Neoproterozoico. Nessa ocasião as temperaturas da Terra se resfriaram bastante.
Em época anterior ao Proterozoico, o magma que vinha perto da superfície era mais quente, posto que menos viscoso. Com isso as placas tectônicas podiam se movimentar com maior facilidade, o que não ocorrerá mais nesse éon.
Nos últimos tempos do Proterozoico, a planeta já estava consideravelmente fria e uma camada de gelo o recobria.
O oxigênio que mata
Também é característica do Proterozoico o fato de o oxigênio ter se acumulado na atmosfera terrestre. É que a atividade de algumas bactérias realizavam a fotossíntese em quantidade cada vez maior. Mas inicialmente o oxigênio compunha com o enxofre e o ferro dos oceanos e se depositava no fundo da água.
As reservas minerais de ferro da atualidade vêm desse tempo. Ocorre que, num dado momento, o ferro dos oceanos se oxidou por completo. Aí o oxigênio voltou a se acumular na atmosfera e foi fatal para muitas espécies. Foram dizimados todos os seres anaeróbios, ou seja, que respiravam sem oxigênio.
Ainda sobre o oxigênio, ele reagiu com o metano, que provocava o efeito estufa e aquecia o planeta. Com isso, houve um resfriamento incomum e a Terra entrou numa perversa era do gelo.
E se você curtiu ler sobre o Proterozoico, tem que conhecer também uma matéria sobre a Era Arqueozoica, quando surgiram as primeiras formas de vida.
Fonte: Toda Matéria, Wikipédia, DNPM, Sua Pesquisa, Mundo pré-Histórico, Brasil Escola, Guia do Estudante, AVPH, Apicultura, FGEL.
Fonte da imagem: El Año de la Vida, Geo Museu, Viver a Terra, Minas JR.