Dom Pedro I foi Imperador do Brasil entre os anos de 1822 e 1831. Foi ele que proclamou a Independência brasileira, em relação a Portugal, no dia 7 de setembro de 1822.
Também foi de iniciativa sua a outorga da Constituição de 1824, nossa primeira Carta Magna. Ele criou o Poder Moderador, administrado por ele.
Forçado a abdicar o trono, partiu para a Europa para socorrer a filha, já que ele tivera a Coroa usurpada pelo tio. O episódio ficou conhecido como Guerra Civil Portuguesa, que durou de 1828 a 1834.
A história de vida de Dom Pedro
Pedro I nasceu em Queluz, um Distrito de Lisboa, Portugal, em 12 de outubro de 1798. Seu pai era o Rei Dom João VI, já sua mãe, Carlota Joaquina. Seu nome completa tinha dezoito letras, mas terminava com os sobrenomes Bragança e Bourbon.
Passou a infância no Palácio de Queluz, local onde recebeu instrução em artes, letras e línguas estrangeiras.
Quando Napoleão Bonaparte invadiu Portugal, entretanto, provocou a vinda da Família Real para o Brasil. Era o ano de 1808, ocasião em que Pedro contava apenas com nove anos de idade. A Coorte foi transferida para o Rio de Janeiro, indo o Rei e familiares residirem na Quinta da Boa Vista.
Deflagada a Revolução Liberal do Porto, D João VI foi forçado a retornar a Portugal (1820). Mas Pedro ficou na Colônia do Brasil como príncipe regente, posto que foi nomeado em 22 de abril de 1821.
Casou-se ele em 1817 com a arquiduquesa austríaca Maria Leopoldina, filha do Imperador da Áustria. O casal teve seis filhos, a saber: Maria, Miguel, João, Januária, Paula, Francisca e Pedro.
Tornou-se famoso pelos seus casos extraconjugais, só que o mais escandaloso deles foi com Domitila de Castro. Com a Marquesa de Santos, como ficou conhecida, ele teve cinco filhos, embora apenas dois tenham sobrevivido.
O Imperador Dom Pedro I
Com a vinda da Família Real, o Brasil ascendeu administrativamente, posto que se tornou Reino Unido. Só que, com o retorno do Rei, Portugal queria retroceder o Brasil à condição de colônia.
Houve obviamente reações, uma delas do Príncipe Regente. Então a Coroa determinou seu imediado retorno a Portugal, tendo ele se recusado, isso no dia 9 de janeiro de 1922.
Era o Dia do Fico, onde foi declarado: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico”. Isso desagradou à Coroa Portuguesa, que contra-atacou com retaliações, além de suspender o pagamento de seus rendimentos.
Diante da crescente pressão, foi forçado à Proclamação da Independência do Brasil, no dia 7 de setembro de 1822.
O 1º Reinado (1822-1831)
Com a Independência do Brasil, teve início a fase da nossa história chamada de 1º Reinado. Foi um tempo muito conturbado, principalmente por conta da crise econômica porque passava o Brasil.
Quando a Coorte retornou para Portugal, Dom João limpou o cofre do Banco do Brasil, acabando com as reservas. Some-se a isso o espírito centralizador de poder de Dom Pedro I, além do modo autoritário de administrar.
Logo no início de seu Reinado, ele teve que enfrentar a Confederação do Equador. Era um movimento separatista que se espalhou pelo Nordeste (1824).
Isso o forçou a tomar empréstimo da Inglaterra, posto que precisava resistir ao movimento. Embora tenha saído vitorioso, a contratação de mercenários endividou ainda mais o Império.
Entre os anos de 1825 e 1828, envolveu-se na Guerra Cisplatina contra as Províncias Unidas do Rio da Prata. O Império saiu derrotado, tendo a insatisfação popular crescido muito. É que foi preciso aumentar impostos para custear o conflito, o que tornou a questão impopular na nação.
Em 1826, Dom Pedro I ficou viúvo, mas três anos depois já havia se casado novamente com Doma Amélia. Eles tiveram apenas uma filha: Maria Amélia.
Os motivos da abdicação
Embora muito querido pelo povo num primeiro momento, posto que proclamara a Independência do Brasil, Dom Pedro I começou a desagradar.
Ele impôs com a Constituição de 1824 um Poder Moderador. Tratava-se de um quarto Poder do Estado, ao lado do executivo, legislativo e judiciário. Esse quarto poder foi único no mundo.
Esse ar absolutista do Imperador desagradava o povo. Na França em 1830, uma Revolta Liberal depôs o Rei Carlos X, inclusive espalhando seus ideais pelos países da vizinhança.
Esses ares liberais chegaram ao Brasil, com a fundação de vários jornais. Todos eles se opunham ao excesso de poder do Imperador, exercido através do Poder Moderador.
Para piorar a situação, o jornalista Evaristo Ferreira, opositor ao Imperador, fora assassinado numa emboscada. Ele era o autor da letra do Hino da Independência, cuja música fora composta por Dom Pedro I.
A opinião pública, que já estava desfavorável à Corte, só piorou depois desse atentado. Minas Gerais era dos Estados mais agitados. Então o Imperador para lá viajou visando amenizar os ânimos, só que é mal recebido.
Outro episódio igualmente negativo foi a Noite das Garrafadas, confronto sangrento entre os apoiadores do Imperador e os contrários. Dom Pedro I não teve habilidade para, num momento de intensa crise, saber mexer no seu Ministério.
Por isso ele erradamente trocou um Ministério moderado por outro absolutista. O povo insatisfeito se reuniu no Campo da Aclamação. Mas foi quando o Exército se juntou aos protestos, que o Monarca ficou sem apoio algum.
Dom Pedro I, então, escreveu sua carta de abdicação e a entregou ao Major Frias, na madrugada no dia 7 de abril de 1831.Em seguida ele embarcou num navio inglês para a Europa, com toda a Família Real, à exceção do filho caçula, Pedro, de apenas 5 anos de idade.
Na Europa lutando pelo trono português
Depois de renunciar o trono brasileiro, Dom Pedro I voltou para Portugal com o título de Duque de Bragança. Ocorre que, com a morte de seu pai, ele era o sucessor natural ao Trono Português.
Naquela ocasião, como se encontrava no Brasil exercendo a função de Imperador, renunciara em favor da filha Maria da Glória (1826). Mas o infante Miguel, irmão de Dom Pedro e marido de Maria, usurpara para si a Coroa, embora não possuísse legitimidade para isso.
Após retornar para a Europa, Dom Pedro I se envolveu numa guerra contra o irmão, é a chamada Guerra Civil Portuguesa, que durou de 1828 a 1834.
Certamente, era uma tentativa de anular a decisão das Cortes, que haviam aclamado Dom Miguel I como Rei. Envolveram-se no conflito o Partido Constitucionalista Progressista, sob a liderança da Rainha Dona Maria II, com o apoio do pai.
E do outro lado o Partido Absolutista que apoiava Dom Miguel, mais vários países europeus e até o Papa. Os constitucionalistas venceram e a Coroa foi devolvida a Dona Maria.
Só que Dom Pedro I contraiu tuberculose e morreu no Palácio de Queluz com apenas 36 anos, no dia 24 de setembro de 1834.
Leia também sobre a história de Fernando Collor, o 1º impeachment da presidência brasileira.
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