Antes de mais nada, o Dia Nacional da Matemática é comemorado em 6 de maio e foi criado para prestar homenagens ao matemático Júlio César de Mello e Souza, nascido em 1895. O educador e também escritor usava o pseudônimo de Malba Tahan.
Todavia, em 2004 o Congresso Nacional aprovou o projeto de lei, de autoria da deputada Raquel Teixeira. Além de homenagear a Matemática, a data propõe a reflexão acerca do ensino da disciplina e o incentivo a professores e alunos engajados na matéria.
Assim, em 26 de junho de 2013, a presidenta Dilma Rousseff sancionou a lei Nº 12.835. Nesse sentido, seria oficialmente reconhecido em todo território, o dia 6 de maio como o Dia Nacional da Matemática.
Surgimento do Dia Nacional da Matemática
A ideia do Dia Nacional da Matemática surgiu em 1995, ano de centenário de Malba Tahan, escritor, educador e matemático brasileiro. Uma comissão formada por especialistas na vida e obra do matemático propôs a criação da data.
Nesse sentido, a data acabou sendo criada no Rio de Janeiro e em São Paulo no mesmo ano. Posteriormente, em 2004, foi apresentado o projeto de lei de autoria da deputada Raquel Teixeira, que era educadora e pesquisadora em Letras, formada pela Universidade Federal de Goiás (UFG).
No entanto, apenas em 5 de junho de 2013 o projeto de lei foi aprovado, dando origem à lei nº12.835, sancionada pela presidente da República, Dilma Rousseff, em 26 de junho daquele ano.
Malba Tahan: vida e obra do inspirador do Dia Nacional da Matemática
Nascido no Rio de Janeiro, em 6 de maio de 1895, Júlio César de Mello e Souza começou a lecionar Matemática quando ainda tinha 18 anos. Formou-se em Engenharia Civil e nunca exerceu a profissão, dedicando-se à escrita e aos cálculos matemáticos.
Grande educador, o inspirador do Dia Nacional da Matemática inovou ao criar técnicas de ensino que deixariam a disciplina mais interessante, despertando o interesse dos alunos em geral. Como gostava muito de contar histórias, começou a envolver a Matemática em seus enredos, dando um caráter lúdico ao ensino.
Em 1918, tentou publicar cinco textos no jornal em que trabalhava, sem obter sucesso. Sem desistir, assinou os textos com o codinome R. S. Slade, alegando se tratar de um famoso autor de Nova York. Só assim conseguiria a publicação de um de seus textos, que estampou a primeira página do jornal.
Como Júlio César era apaixonado pela cultura árabe, ele criou um outro pseudônimo, conhecido como Malba Tahan. Todavia, chegou a criar uma história para o personagem, afirmando que Ali Iezid Izz-Edim Ibn Salim Hank Malba Tahan era um amável escritor.
Nesse sentido, após a criação do pseudônimo, em 1925 o autor conseguiu lançar seu primeiro livro, intitulado ‘Contos de Malba Tahan’. Após ganhar fama com suas produções, em 1933 o inspirador do Dia Nacional da Matemática foi reconhecido como o autor do livro de Malba Tahan.
Obras de Malba Tahan
Antes de inspirar a criação do Dia Nacional da Matemática, Malba Tahan ou Júlio César de Mello e Souza foi um escritor brasileiro com 120 publicações. Dentre elas, mais de 50 foram destinadas à Matemática e seu ensino, inspirando professores em outros países do mundo.
Contudo, sua obra de maior destaque, chama-se ‘O homem que calculava’ e apresenta enigmas matemáticos e situações fantasiosas, dando caráter lúdico e envolvente ao ensino da disciplina entre crianças e jovens.
Júlio César morreu em 1974, aos 79 anos. Ao longo de sua vida, chegou a vender mais de um milhão de livros, tornando-se um grande exemplo para professores e alunos e a maior inspiração para a existência do Dia Nacional da Matemática.
Então, o que achou da matéria? Se gostou, leia também: Como ensinar a ler? Por onde começar, alfabetização e atividades.
Fontes: Brasil Escola, Toda Matéria, Mundo Educação, Prepara Enem
Imagens: Guia do Estudante, Carta Capital, G1, Um Oceano de Histórias
É isso mesmo, Rafael. Foi um grande educador e um grande escritor. Só uma correção: o primeiro pseudônimo era R. V. Slady (e não R. S. Slade). Ele mesmo fala errado (com S.) numa entrevista que deu ao MIS. Mas temos o jornal com os contos publicados onde ele assina com esse sobrenome provisório (com V. e y no final). Sou sobrinho-neto dele. Abraços.