Muita gente que ainda não foi a uma consulta psicológica tem curiosidade de saber o que acontece dentro da sala. E quem já foi, pode ter vontade de comparar a sua com outra consulta e saber se todas são parecidas. Primeiramente, nem sempre podemos saber de tudo que acontece dentro de uma terapia. Até mesmo porque existe um sigilo entre as partes.
Outro fator que pode influenciar muito é o estilo ou a formação do psicólogo (a) que irá te atender. Existe a psicanálise, psicoterapia analítica, cognitivo-comportamental, terapia de apoio, e uma infinidade de outras. Nem sempre a consulta precisa obrigatoriamente acontecer dentro de uma sala fechada, com um senhor de bigode te escutando e anotando cada passo (isso é muito mais coisa de cinema). É um mito também pensar que psicologia é coisa para maluco (quem é normal de perto?) ou para ricos (em diversas cidades pelo mundo existem atendimentos gratuitos ou de preço acessível).
Inseguranças comuns na primeira consulta psicológica
- Mas o que eu devo falar?
- Por onde eu devo começar?
- Será que ela (ele) vai analisar a forma com que eu sento na cadeira?
- E se ela (ele) contar o que eu disser para alguém?
Segundo a psicóloga Fernanda Mion, esses são alguns procedimentos e combinados gerais para início de terapia, confira:
Sigilo: Quando um psicólogo se forma, fazemos juramentos, um deles é de que tudo aquilo que ouvimos e vemos, ficará em extremo sigilo para proteger o atendido. Afinal, não faria sentido, nós psicólogos revelarmos sobre qualquer fato da vida dos nossos pacientes, se escutar e saber sobre estes fatos faz parte do nosso trabalho.
Escuta terapêutica: Durante nossa vida nós podemos sentir vontade ou até mesmo necessidade de dividir nossas angustias, nossas limitações, nossas crenças ou até mesmo potencializar recursos, como coragem, segurança e determinação, por exemplo. Normalmente conversamos com pessoas mais próximas parentes e amigos, em busca de conselhos e apoio, o que é muito bom. A diferença de conversar com um profissional de psicologia é que não damos conselhos, escutamos, mantemos sigilo e ajudamos nossos pacientes através de técnicas terapêuticas a buscarem seus “recursos” e ainda “potencializá-los” para a resolução da sua queixa.
Proporcionar conforto: Faz parte da nossa prática respeitar o “tempo” do nosso paciente e proporcionar a ele um ambiente acolhedor para que ele se sinta a vontade em expor sobre os motivos que lhe trazem ao consultório. Normalmente a conversa é agradável porque a pessoa percebe ao conversar com um psicólogo que não há julgamento e críticas e que desde do início há um puro respeito pela sua história e por seu modelo de mundo. Tudo o que nós psicólogos queremos, é que você se sinta à vontade e que seja estabelecida uma relação de extrema confiança e harmonia para facilitar a conquista dos resultados esperados.