Ciclones, o que são? Classificação, formação, causas e consequências

Os ciclones são tempestades tropicais formadas em centros de baixa pressão e áreas muito instáveis, associadas à formação de tempestades.

Ciclones, o que são? Classificação, formação, causas e consequências

Basicamente, os ciclones são tempestades tropicais, formadas em centros de baixa pressão que são áreas muito instáveis, associadas à formação de nuvens, umidade e tempestades.

Vale lembrar que, conforme a Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), órgão que presta serviço de apoio em meteorologia e em outras áreas, um ciclone é um fenômeno com formato de ação rotativa.

Além disso, este órgão de apoio fornece dados relacionados à formação dos ciclones em águas tropicais ou subtropicais, com medições, por satélites, da temperatura da superfície dos oceanos.

Classificação e formação dos Ciclones

O surgimento de um ciclone se dá na circulação geral da atmosfera, onde basicamente se acumula energia térmica. Assim, normalmente começam com fortes ventos sobre a atmosfera.

Porém, o processo de formação dos ciclones pode ser diferente, variando entre as regiões, tropicais, subtropicais e extratropicais.

Ciclones, o que são? Classificação, formação, causas e consequências
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Basicamente, o ciclone é um sistema relacionado a baixa pressão atmosférica formado a partir da propagação de calor (convecção) do ar à superfície e das redondezas da baixa pressão convergindo para o centro. Desta forma, é criada uma coluna ascendente de ar que diverge no topo do sistema.

Algumas características dos ciclones são mais marcantes como:

  • Formam-se apenas em áreas oceânicas com temperatura de superfície 26° ou 27°. Portanto, sua energia deriva do calor latente de condensação.
  • A pressão do ar no centro do ciclone é menor que na parte externa.
  • O fluxo de circulação é diferente em regiões do hemisfério sul e norte. Ou seja, no hemisfério sul o fluxo é no sentido horário e no hemisfério norte é anti-horário.
  • O ar se espalha na parte superior do sistema.

Estrutura do ciclone

O centro do ciclone é chamado de “olho” e as partes periféricas são conhecidas como cumulonimbus, formações de inúmeras nuvens que se desenvolvem verticalmente.

No entanto, essas nuvens são responsáveis pelas descargas elétricas e intensa precipitação que podem ser visualizadas.

Os cumulonimbus se formam em volta do olho do sistema por causa da subida do ar quente e úmido proveniente da superfície do mar.

Em âmbito geral, estes fenômenos não se desenvolvem de maneira isolada, formando-se a partir de perturbações da circulação geral da atmosfera, que se ampliam e se difundem por meio de longas trajetórias.

Portanto, esta circulação atmosférica pode lhe oferecer energia para intensificar o ciclone ou inibir seu crescimento.

Principais características dos ciclones

Primeiramente, os ciclones são causados por massas de ar que se formam em círculos nos locais de baixa pressão. Assim, estas massas de ar, quentes e úmidas, são acompanhadas de fortes tempestades.

Ciclones, o que são? Classificação, formação, causas e consequências
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Porém, existe um fator decisivo para a formação ciclônica que é a intensidade do vento, essencial para a sua formação. Estes ventos podem chegar a 200 km/h com possibilidades de variação de seu sentido.

Contudo, em relação à sua característica, o ciclone pode ser classificado e denominado de diferentes maneiras. Neste sentido, podem ser chamados de tufões, furacões e tornados, segundo a sua graduação de força de destruição.

Além disso, a forma genérica de classificá-los são as denominações: ciclone ou tempestades tropicais.

Tipos de ciclones

Os tufões, furacões e tornados são tipos de ciclones que guardam algumas diferenças, principalmente quanto à sua intensidade. Assim, podemos elencar algumas características:

  • Furacão: É um ciclone tropical de núcleo quente e possui ventos contínuos de 118 Km/h Alguns exemplos históricos de furacões – Katrina, Wilma, Irene, Fabian, Ivan, Gustav, Rita etc.
  • Tufão: É um ciclone que ocorre no Oceano Pacífico Norte na região Oeste dos EUA, Japão e China. Se caracterizam por megatempestades e se deslocam a uma velocidade, aproximadamente, de 10 km a 50 km.
  • Tornado: Se forma em um ambiente de tempestade muito forte e tem diâmetro médio de 2 km. Com ventos que podem chegar aos 500 km/h

Tipos de ciclone segundo a latitude e clima

Estes eventos podem variar, segundo ao clima e latitude, podemos estabelecer uma classificação para estas variações:

  • Tropical: tempestade tipo furacão que é originada em águas tropicais, seus ventos são menores próximo ao centro do sistema.
  •  Extratropical: Ocorrem em regiões de latitudes médias.
  • Subtropical: Ocorrem em locais de clima subtropical, porém tem as mesmas características dos ciclones tropicais e extratropicais.
  • Anticiclones: Tem características opostas a de um ciclone, ou seja, a pressão do ar no núcleo do anticiclone é maior que a dos arredores.

Processo de formação

Basicamente, esses fenômenos têm origem nos oceanos, nas regiões tropicais e mais quentes. Neste sentido, as águas atingem 27°C na superfície, evaporam e dão início ao processo de formação de tempestade.

Ciclones, o que são? Classificação, formação, causas e consequências
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Contudo, quando o vapor de água é aquecido, sobe para as camadas mais frias da atmosfera, condensa-se e forma nuvens carregadas.

Portanto, em todo esse processo, há uma grande liberação de energia que acaba criando uma zona de baixa pressão no topo, atraindo correntes de ar.

Assim, essas correntes de ar vão da parte mais alta para as mais baixas, no centro da tempestade. Com isso, o ar em movimento ao redor do ciclone é atraído para o centro do ciclone e ocupa o lugar do ar que subiu.

Desta forma, acontecem dois movimentos: no centro o ar se move de forma descendente e nas paredes externas o ar se move de maneira ascendente.

Os locais de maior ocorrência dos ciclones são: Norte do Oceano Atlântico, oeste do Oceano Pacífico e no Oceano Índico, próximo à costa.

Danos causados

Em síntese, os danos causados pelos ciclones estão relacionados com sua intensidade. Portanto, essa intensidade é medida pela escala Saffir Simpson, que foi utilizada a partir do comitê de furacão em 1997, que classifica os ciclones e categorias de 1 a 5. Assim, quanto maior o número, mais danos são causados.

Porém, essa escala é muito utilizada na prevenção de possíveis riscos e estragos em residências, prédios e construções. Contudo, serve também na verificação de riscos de inundações.

  1. Mínimo: 119 a 153 Km/h
  2. Moderada: 154 a 177 Km/h
  3. Extensa: 178 a 208 Km/h
  4. Termina: 209 a 251 Km/h
  5. Catastrófico: mais de 251 Km/h

Então, gostou da matéria? Se gostou, leia também, Tufão, o que é? Definição, formação e características

Fontes: Brasil Escola, Mundo educação, Toda Matéria, Escola Kids

Imagens: Medium, Cepal, Inter Life e Pexels

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