Os Desertos compõem um bioma onde quase não chove e, de consequência, a vida é bastante escassa. Geralmente, é quente durante o dia e gelado à noite. Eles ocupam uma área equivalente a 20% da superfície do planeta.
A falta de chuva e a perda de água por conta do vapor torna a região muito seca, ao ponto de pouquíssimas criaturas lá sobreviverem. Tanto que a palavra “desertu” tem o significado de desabitado, ermo, solitário.
A quantidade de chuva nos desertos é de 250 mm anuais, e só a título de comparação, na Região Amazônica chove uma quantidade aproximada de 2500 mm por ano. Mas nem sempre o deserto é quente, pois a Antártida, que é região desértica, é bem gelada.
Desertos quentes e frios
Não há somente desertos quentes, embora sejam a maioria, posto que existem igualmente os desertos frios.
Os desertos quentes podem ser encontrados nos continentes da América, Ásia, Austrália e África. Ali se alternam períodos quentes e úmidos, embora haja os que fiquem até anos sem chuva. Um grande exemplo é o famoso Deserto do Saara, África.
Já os desertos frios estão localizados na região central do continente da Ásia e também na América do Norte. Eles têm uma época fria em alguns meses, após caírem as chuvas, como também os verões quentes. Podemos citar como exemplo o Deserto de Gobi, na China.
Também são considerados desertos a Antártida e o Ártico, uma vez que são tidos como os dois maiores do mundo.
Clima nos desertos
Para falar do clima nos desertos é preciso conhecer o processo de evapotranspiração, ou seja, perde-se água porque a água do solo evapora. Ou ocorre a evaporação através dos processos vitais das plantas.
Dessa forma, o chamado potencial de evapotranspiração pode ser definido como a quantidade de água que evaporaria numa região. Esse conceito é muito importante para se auferir os tipos de desertos e seus climas.
Os desertos se dão em lugares com alta taxa de perda de água por evapotranspiração, posto que se perde mais água do que as plantas precisam.
Nos desertos frios há a cobertura de neve e a pouca chuva acaba congelando, entretanto, há curta estação mais quente, quando aparece a vegetação. Mas regiões há em que o congelamento é constante e não há formas de vida nos solos.
Nos desertos quentes, as temperaturas variam muito, posto que durante o dia chegam a 45 °C, mas na noite cai para -5 °C. Essa variação é por conta do reduzido vapor d’água na atmosfera e quase nenhuma retenção de calor. Sem contar que, após o pôr do sol, a temperatura cai em pouco tempo, já que o solo arenoso não consegue absorver calor.
Os tipos de solos desérticos
Os solos dos desertos quentes são formados pela erosão causada pelos ventos e pela presença de pouca fertilidade. A areia é o elemento mais presente nesse solo e é encontrada em grande abundância.
Há também solos rochosos ou cobertos de sal, estes últimos aparecem quando os lagos de chuva ou degelo secam. Mas no deserto quente, por incrível que pareça, há bastante vida, nem sempre visível para não perder umidade.
Os desertos polares, que ficam nos dois extremos do nosso planeta, são compostos de leitos de rochas ou planícies de cascalho. Ali também há dunas, só que de neve, o que provoca constantes avalanches.
Outro interessante aspecto do solo no deserto polar é a presença de uma fissura, que pode chegar a até 5 metros de diâmetro. A causa disso é a ocorrência de gelo e degelo em um breve intervalo de tempo.
Flora e fauna nos desertos
Geralmente a vegetação é composta por gramíneas e arbustos que se espalham a intervalos irregulares pelo terreno. A vegetação de clima seco, chamava xerófila, é abundante, donde podemos citar o cacto.
A fauna é bem reduzida, já que é difícil obter água para a sobrevivência, a exemplo de répteis, roedores e insetos.
A exceção são os oásis, posto que há uma irrigação subterrânea da vegetação, e nele pode haver a vida humana.
Nos desertos gelados, poucos animais se adaptaram para sobreviverem a baixíssimas temperaturas. Podemos citar como exemplo: ursos polares, lobos árticos, os pinguins e focas.
Ainda nos desertos polares, a vegetação é pouco diversificada, já que nenhuma árvore consegue fincar raízes no solo gelado. Ali encontramos, em sua maioria, gramíneas, musgos e líquens.
Curiosidades sobre os desertos
Há muitos desertos no planeta Terra, alguns ainda pouco estudados. Nosso maior deserto quente é o Saara, localizado no norte da África, já o menor é o Deserto de Carcross, no Canadá.
O maior deserto do mundo é frio, tratando-se da Antártida, que tem área de 14.000.000 km², enquanto que o Saara possui 9.000.000 km².
O Deserto da Arábia, na Ásia, tem 1.300.000 km². Ele se estende por Arábia Saudita, Síria, Jordânia, Omã, Iraque, Kuwait, Qatar e Iêmen. Sua fauna é mais diversificada e nele habitam gazela, gato do mato, hiena, chacal e texugo.
O Deserto do Kalahari, localizado na África Austral, tem aproximadamente 900.000 km² e se prolonga por Angola, Namíbia e África do Sul. Em sua flora tem palmeiras e baobás, e na fauna há suricatas e hienas.
O Deserto de Gobi se localiza na região norte da China e sul da Mongólia, e ocupa uma de área de 1.295.000 km². Foi descrito por Marco Polo em seu diário de viagens em 1275. Nele está a maior concentração de fósseis de dinossauros do mundo.
É curiosíssimo conhecer mais sobre os desertos do mundo, não é mesmo? Leia também uma matéria especial sobre a Mata das Araucárias que corre risco de desaparecer do Sul do Brasil.
Fonte: Info Escola, Toda Matéria, Mundo Educação, Cola da Web, Escola Kids, Brasil Escola, CPRM, Estudo Prático.
Fonte das imagens: Meio Ambiente, Segredos do Mundo, Fatos Desconhecidos, Info Escola, O Livro da Natureza.