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O que é Pangeia? Conceito, como surgiu e importância do tema
A Pangeia foi o primeiro continente a surgir no mundo e que, após constantes processos de separação, deu origem aos seis continentes atuais.

Certamente você deve se lembrar do termo Pangeia das aulas de Geografia da escola, quando o professor ensinava acerca da formação dos continentes e de suas características. Pois bem, esse é o assunto que trataremos hoje.
Pangeia é uma palavra de origem grega que significa “Toda a Terra” e, em termos geográficos, significa uma massa sólida e conjunta que formou um só continente durante a última Era do Período Paleológico, a cerca de 300 milhões de anos.
Esse imenso pedaço de terra era rodeado por um único oceano, denominado Pantalassa. Assim sendo, e após um longo período, esse conjunto começou a se fragmentar e deu início a formação de dois novos continentes, que novamente se separaram até formar os seis atuais continentes que conhecemos.
Conheça agora como surgiu essa teoria, no que ela se fundamentou e como era esse grande continente durante os tempos jurássicos.
Pangeia: o surgimento da teoria
Engana-se quem pensa que esse conceito de formação do relevo terrestre é antigo. Na verdade, ele foi aprofundado apenas no início do século XX, através da teoria da Deriva Continental, idealizada pelo alemão Alfred Lothar Wegener e pelo australiano Eduard Suess.

Antes disso, o primeiro a sugerir a ideia foi o holandês Abraham Ortelius, considerado o pai do Atlas Moderno. Ele defendeu a definição de continente único, a Pangeia, em 1596, sendo retomada apenas no século passado.
Essa foi a Teoria da Deriva Continental. Segundo os autores, que apresentaram a visão em 1915, há milhões de anos teve início a divisão do continente em porções menores, que originaram primeiramente a Laurásia e a Gondwana.
Dessa forma, eles fundamentaram essa teoria em algumas certificações: primeiro, eles descobriram fósseis em regiões muito afastadas, na África e no Brasil. Assim, concluíram que tais animais não poderiam ter atravessado o oceano, tendo vivido no mesmo território.
Em segundo lugar, eles verificaram o contorno do mapa litorâneo da América com o da África e concluíram que um se encaixa quase perfeitamente no outro.
Apesar de todas essas evidências, a teoria foi ridicularizada inicialmente pelos cientistas. Em seguida, passou a ganhar crédito apenas em 1940 e confirmada em 1960, 30 anos após a morte de Wegener.
Explicando o conceito de placas tectônicas
Alguns teóricos ainda defendem a ideia de que os continentes, até hoje, não são estáveis, isto é, continuam a mudar de posição devido ao movimento das placas tectônicas. Ao todo, há 52 placas, sendo que 14 delas são consideradas principais.

Esses blocos se movem entre si, subindo e descendo, provocando grandes abalos sísmicos e fenômenos de elevação das ondas marítimas, que podem chegar a mais de 800km/h.
Esses movimentos ocorrem devido ao superaquecimento no interior do planeta Terra, uma vez que essas placas flutuam sobre o magma presente na parte interna do território.
Sendo assim, o Brasil encontra-se em uma posição privilegiada, na qual quase não ocorrem terremotos ou tsunamis. Isso porque nos encontramos bem no centro de uma placa e não nas bordas, o que poderia provocar essas agitações catastróficas.
Características da formação da Pangeia
O verdadeiro motivo por trás da separação da Pangeia foi o movimento de separação das placas tectônicas, blocos que formam a crosta terrestre e dão origem a cadeias montanhosas, tsunamis e terremotos. Esse movimento ocorreu de modo bem lento em várias partes do planeta e contribuiu para a atual formação dos continentes.
Teoricamente, as massas continentais eram leves e formadas por alumínio e silício. Devido a essas características, elas passaram a se locomover e migrar em dois sentidos: à Leste, formando a Laurásia e à Oeste, a Gondwana.

Ademais, sua atmosfera era bem definida uma vez que havia água em todas as direções e as temperaturas eram estáveis e suaves. Contudo, a temperatura aumentava e o clima ficava mais seco à medida que se avançava ao centro, por conta da proximidade dos desertos.
A partir dessa primeira fragmentação, que, aliás, durou milhares de anos, um novo oceano se formou, o Tethys e, com ele, o continente da Laurásia, que equivale atualmente a América do Norte, Ásia, Ártico e Europa (esses três últimos formavam a Eurásia).
Por outro lado, na parte sul, havia a Gondwana, correspondente a América do Sul, Austrália, Índia e África.
Existe outra teoria de formação dos continentes?
Sim. É a Teoria das Pontes Continentais, formulada pelos cientistas Hermann von Ihering e Florentino Ameghino.

Ela defende que os continentes nunca mudaram de posição, mas sim que possuíam pontes de ligação entre os mesmos. Porém, isso explicou apenas um dos conceitos, o de que os fósseis viveram em mais de um território.
Como resultado dessa análise, a teoria da Deriva Continental foi mais aceita.
A formação atual pós-Pangeia
Após um longo período do surgimento da Laurásia e Gondwana, há 65 milhões de anos, a América do Norte se separou da Eurásia. Houve também a divisão da América do Sul, África, Austrália e Índia.
Logo após, as Américas se uniram, a Austrália se separou da Antártida e a Índia se juntou com a Ásia, dando origem à cordilheira do Himalaia e aos continentes que temos hoje.

Gostou do nosso tema? Então, confira também o que são Continentes.
Fontes: Toda Matéria, Brasil Escola, Jandaia, Recreio, Portal Geek
Imagens: Laboratório de Ensino de Geografia, Significados, Astronomy Chamber, Master Geologia, Aula Zen, Maestro Virtuale.