Mussolini, quem foi? História de vida, guerras, fascismo e ditadura

Mussolini foi político e líder do Partido Fascista. Atuou na Primeira e Segunda Guerra Mundial, além de escrever para o jornal Avanti!

Mussolini - Quem foi, biografia, guerras e ditadura

Quem é acostumado a mergulhar em livros de história com certeza já deve ter visto o nome Benito Mussolini. Mais  conhecido pelo último nome, Mussolini foi o líder da Itália entre os anos de 1883 e 1945, quando então foi preso durante a Segunda Gerra Mundial.

Mussolini foi o responsável por criar o famoso movimento fascista, dando origem ao Partido Nacional Fascista. Dessa forma, o italiano foi o primeiro à chegar ao poder tendo ideias totalitárias.

O Dulce, como também era chamado, obrigava a população italiana a obediência máxima, fazendo cada indivíduo seguir suas vontades. Logo, acreditava que tendo o controle absoluto poderia levar todos ao “triunfo da Itália”.

As ideias radicais de dominação serviram de modelo para outros líderes da época, em países diferentes. Como exemplo, na Espanha, Francisco Franco; Adolf Hitler, na Alemanha e Getúlio Vargas, no Brasil.

Mussolini - Quem foi, biografia, guerras e ditadura
Fonte: Aventuras na História

Mussolini: vida política e Primeira Guerra Mundial

A Itália do século XX passava por diversos conflitos, principalmente ideológicos. Assim, ideais comunistas, sindicalismo radical, socialismo, anarquismo entre outras correntes começavam a entrar em discussão.

Dessa forma, foi nessa época que Mussolini começou os primeiros passos na política, sendo parte do Partido Socialista Italiano. Na época, o italiano escrevia para o jornal do partido, o Avanti!

Mussolini defendia ideais e queria colocá-los no jornal. Dessa forma, em 1914 quando a Primeira Gerra Mundial teve início, o italiano apoiava que o Reino da Itália entrasse na Guerra.

Logo, pelos pensamentos que convergiam seus ideais ele saiu do jornal. Assim, fundou o Il Popolo d’Italia (O Povo da Itália), um jornal produzido por Mussolini.

Mussolini - Quem foi, biografia, guerras e ditadura
Fonte: Slate

Por consequência, após algumas edições do jornal, Mussolini começou a alterar as ideias socialistas. Logo, o socialismo se tornou nacionalista e coletivista caracterizando o fascismo.

Dessa maneira, durante a Primeira Gerra Mundial, Mussolini se alistou no Exército com o objetivo de lutar pelo seu país contra a Alemanha e o Império Austro-húngaro, obtendo assim a posição de Sargento.

Ao final da guera, que deixou vários países desolados, Mussolini se uniu à diferentes grupos de pessoas: operários, camponeses, profissionais liberais, militares. Assim, formaram, em 1919, o que ficou conhecido como Fasci Italiani di Combattimento.

Fasci Italiani di Combattimento

Fasci Italiani di Combattimentono português Grupo de Combate, foi o primeiro grupo criado no Partido Fascista. Em síntese, o grupo defendia ideais como a anulação do Senado, uma nova Constituição e o controle feito por técnicos e operários nas fábricas.

Mussolini apoiou conflitos que se iniciavam, além de sugerir aos companheiros a criação de uma frente comum contra os patrões e os trabalhadores. Porém, as ideias não foram aceitas.

Em síntese, Mussolini causava preocupação nos burgueses ao falar sobre as ideias comunistas. Dessa maneira, conseguiu o apoio de grande parte da população ao Partido Fascista.

Fonte: Outras Palavras

Visto isso, após dois anos de existência, em 1921, os Fasci di Combatimento se tornaram o Partido Nacional Fascista, quando Mussolini chegou ao parlamento.

Mussolini também era chamado de Duce, condutor supremo da Itália. Porém, vale ressaltar que a caminhada até o poder foi feita por fraude. Assim, em 1922 os chamados “camisas-negras” tinham o intuito de tomar o poder em Roma. Assim, a ação ficou conhecida como Marcha sobre Roma.

Porém, após pressionar o rei Víctor Emanuel III, Mussolini conseguiu assumir o cargo de primeiro-ministro. As ações eram disfarçadas para que suspeitas não fossem levantadas. Assim, o novo primeiro-ministro comandava sem o consentimento da população, mantendo as aparência de monarquia parlamentarista.

O Partido Fascista ainda foi responsável por formular uma eleição falsa e, assim chegar ao poder, se tornando a maioria dentro do parlamento. Porém, a fraude foi revelada pelo socialista Giacomo Matteotti, que acabou sendo assassinado após a denuncia. Logo após, Mussolili se tornou o condutor supremo da Itália, o Duce. 

Segunda Guerra Mundial e a queda do ditador

Após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) Duce firmou parceria com Adolf Hitler, ditador da Alemanha, que comandava o partido nazista. Nesse sentido, agregou ao território italiano parte do território da Iugoslávia.

Na época, o Império Japonês se uniu à Hitler e ao ditador fascista, formando o chamado Eixo Roma-Berlim-Tóquio. Porém, as coisas não aconteceram como Mussolini planejava.

Mussolini e Hitler. Fonte: Yale Books

Dessa maneira, após as tropas dos Aliados – liderados por Inglaterra, Estados Unidos e URSS – capturarem Mussolini, ele foi preso. Além disso, Grécia e África derrotarem as tropas fascistas. Assim, Duce foi banido, em 1943, pelo Grande Conselho Fascista.

Com tudo, o fim chegou quando foi julgado e executado, junto a sua amante Claretta Petacci, no dia 28 de abril de 1945, em Mezzegra, na Itália. Por fim, seus corpos foram expostos em Milão, na Praça Loreto.

Curiosidades sobre Mussolini

  • O nome completo era Benito Amilcare Andrea Mussolini;
  • Nasceu na vila de Predapio, província de Forli, Itália, no dia 29 de julho de 1883;
  • Era filho do ferreiro Alessandro Mussolini e da professora primária Rosa Maltoni;
  • Em 1901 formou-se professor de escola primária, trabalhou como professor, mas seu interesse era a revolução;
  • Possuía um irmão, Arnaldo, que se tornaria um dos principais teóricos do fascismo;
  • O slogan político usado na Itália durante a sua ditadura era: “Mussolini sempre tem razão”.

Gosta de história? Então, não perde tempo e leia também sobre a Comuna de Paris – História, ações e protagonistas do assalto aos céus

Fontes: História do Mundo, Ebiografia

Imagem destaque: Notícias UOL

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