Função conotativa e apelativa são funções da linguagem usadas como forma de expressão do indivíduo. Isso envolve o texto, a mensagem e quem receberá essa informação. Para melhor usar uma das duas opções, primeiro deve haver a definição do foco: receptor ou emissor.
Portando, após escolher um dos dois focos, é só começar a trabalhar o convencimento dentro da sua mensagem. Esse fato é importante para alcançar o objetivo em seu texto. Juntando todas essas informações chegamos, por fim, na compreensão de que todas essas funções são usadas exclusivamente para nos comunicarmos de forma eficiente.
Roman Jakobson e as Funções da linguagem
Curiosamente, Roman Jakobson, linguista russo do século XX, desenvolveu uma importante teoria da comunicação que também ditou alguns métodos de crítica literária. Entretanto, para compreender a importância da conotação e da linguagem apelativa, precisamos entender esse processo e, por fim, quais são os envolvidos.
Quando falamos de comunicação, enfim, levamos em consideração 6 envolvidos. O emissor, autor da mensagem que pode ser em discurso, texto, entre outros. A mensagem é carregada de códigos, ou seja, um conjunto de signos que formam um sentido. Para construir o texto, o autor precisa de um contexto, uma situação para discorrer.
Mas, para o trabalho não ser em vão, é necessário, então, um canal de transmissão para a mensagem que pode ser vista como modo de conexão. Esse contato, seja físico ou não, faz com tenhamos o último, e não menos importante, envolvido no processo: o receptor. Ele faz com que tudo dito anteriormente faça sentido, porque ele é o leitor, o ouvinte.
Função conotativa ou apelativa
Primeiramente, a principal característica da função conotativa e apelativa é o convencimento do receptor. Quanto usar essa função, portanto, foque em persuadir ou convencer o interlocutor. Isto é, fazê-lo comprar a sua mensagem e acreditar no que diz.
Portanto, para que isso acontece a melhor maneira é dominar bem o assunto da mensagem. Crie métodos, estratégias, ressalte os pontos fortes e seja, principalmente, criativo. Tudo isso, porque há um objetivo presente quando tratamos de usar esses instrumentos linguísticos. Veja alguns exemplos usados na publicidade:
Frases da Publicidade
“Tem coisas na vida que não tem preço … para todas as outras existe Mastercard”
“Vem pra rua” (campanha da Fiat para a copa que acabou se tornando hino para manifestações)
“Aproveite e veja as embalagens brasileiras mais criativas de 2013” (Divulgação da Natura)
“Sorriso saudável, sorriso Colgate”
Horóscopo do dia
Todavia, os horóscopos também possuem uma linguagem bem conotativa utilizada para conversar o público. Afirmações como “Sua relação com os parentes pode ficar mais intensa”, ou “Nunca critiquei! É que Marte ingressa hoje em sua Casa da Fortuna” são exemplos do modo imperativo usado em sua construção. O leitor precisa crer no que está lendo, deixar-se identificar pelo o que é dito.
Funções de linguagem
Por sim, para complementar o processo de comunicação teorizada por Roman Jakobson, cada participante da construção recebe uma função. A função emotiva cabe o emissor, o contexto requer o referencial, já a mensagem rebebe a missão da poesia envolvida. O canal tem sua função fática na transmissão, o código é responsável pela metalinguagem e, por último o receptor, com a conotação.
Por fim, leia também sobre Poema e poesia – O que é cada um e qual a diferença entre eles.
Fonte: Toda matéria, Norma culta, Brasil escola, Português. Stoodi, Professor Noeslen, Ensaios e Notas.
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