Dinastia Júlio-Claudiana – História, principais Imperadores e características

A dinastia Júlio-Claudiana foi a primeira dinastia do Império Romano, após a morte de Otávio, tendo Augusto como primeiro imperador.

Dinastia Júlio-Claudiana - História, principais Imperadores e características

O Império Romano foi formado assim que Otávio assumiu o poder, em 27 a.C. Durante todo o período gerido pelo Império, vários foram os governantes que passaram pelas dinastias. Dentre as dinastias do Império Romano, portanto, está a dinastia Júlio-Claudiana, primeira linhagem de imperadores do período imperial.

A dinastia Júlio-Claudiana perdurou entre os anos 14 e 68 d.C., e foi uma das dinastias mais conturbadas. Isso porque os imperadores ficaram marcados pelos atos ilícitos e por condutadas consideradas imorais, principalmente na vida pessoal. Assim, por conta do enfraquecimento dos processos escravistas, além das diversas disputas políticas, o império começou a se desestruturar.

Dentre os imperadores que passaram por este período se destacam Augusto, Tibério, Calígula, Cláudio e Nero. A dinastia Júlio-Claudiana foi criada, então, para suprir as necessidades políticas daquele período. Eram líderes que faziam parte da gens Claudia, assumindo o poder após a morte do ex-ditador romano, Júlio César.

Dinastia Júlio-Claudiana

Augusto (27 a.C – 14 d.C)

Após a morte de Júlio César, seu sobrinho-neto, Caio Júlio César Otaviano Augusto, foi quem assumiu o poder como primeiro imperador de Roma. Conhecido como Augusto, o primeiro imperador iniciou um processo de consolidação do que viria a ser um longo período governado por imperadores.

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Imperador Augusto, primeiro imperador de Roma

Durante seu governo, Augusto criou a pax romana – uma espécie de acordo que garantia a estabilidade em Roma. Augusto governou de 27 a.C até 14 d.C, num período que ficou conhecido como Alto Império Romano. Além disso, foi responsável por realizar reformas políticas importantes em Roma.

Como não tinha filhos, Augusto acabou adotando o filho de Lívia – sua terceira esposa -, Tibério. Assim, após a morte de Augusto, Tibério foi o sucessor da dinastia.

Tibério (14-37 d.C.)

Tibério já participava ativamente das decisões políticas durante o governo de Augusto. Assim, com a sucessão, Tibério assumiu os poderes que havia acumulado durante as atividades políticas e começou a governar Roma.

O imperador ficou marcado pela capacidade em articular com os demais políticos, além de conseguir gerir o Império de maneira admirável. Assim, governou entre os anos 14 e 37 d.C e conseguiu estabelecer relações políticas com o Senado, ampliando sua rede de contatos.

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Imperador Tibério

Além disso, Tibério foi reconhecido por saber controlar as finanças do império, além de estabelecer a paz e períodos de estabilidade para os romanos.

Entretanto, no âmbito pessoal, não teve muito sucesso. Isso porque Tibério acreditava que estariam conspirando contra ele. Dessa forma, mandava perseguir qualquer pessoa que considerava ser uma ameaça ao seu governo.

O imperador tinha um filho, Druso, que morreu no ano 23. Sem sucessores, Tibério adotou Calígula como membro da dinastia Júlio-Claudiana. Após sua morte, em 16 de março de 37, Calígula foi quem o sucedeu.

Calígula (37-41 d.C.)

Calígula governou entre os anos de 37 e 41 d.C. Após assumir Roma como imperador, o Senado e a política em geral depositaram confiança na forma como ele governava. Assim, os primeiros anos de poder foram, em parte, calmos e vantajosos.

Porém, Calígula começou a apresentar atitudes estranhas após passar por uma doença inexplicável. Como consequência, seu psicológico foi afetado e o imperador iniciou uma série de atitudes questionáveis. Inclusive, nomeou um de seus cavalos como cônsul, uma atitude que deixou as pessoas espantadas.

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Imperador Calígula

Assim, Calígula não conseguiu estabelecer os planos que havia imaginado para o império. Ele queria, como imperador, criar um modelo de governo jamais visto. Dessa forma, pretendia instaurar um regime onde o poder estaria concentrado na mão de apenas um governante. Além disso, esse poder seria justificado pela religião. Ou seja, seria um governo baseado no despotismo teocrático.

Calígula sofreu repressão por conta dos atos ilícitos e imorais. O imperador gastava dinheiro com festas regadas a orgias, por exemplo. Por conta da insatisfação dos romanos, o imperador foi assassinado em 41 d.C.

Cláudio (41-54 d.C.)

Cláudio era tio de Calígula e foi nomeado pelo Senado como imperador, após o assassinato do sobrinho. Assim, depois de assumir o império, Cláudio passou um bom período organizando e colocando em ordem a política devastada pelas ações de Calígula.

Logo, entre 41 e 54 d.C – anos em que Cláudio governou – o Império Romano passava por crises e problemas políticos. Dessa forma, os republicanos que estavam à frente do poder antes do início do império esperavam a oportunidade para tentar reassumir o comando.

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Imperador Cláudio

Apesar dos obstáculos em governar, Cláudio conseguiu estabelecer a ordem. Dentre os feitos adquiridos pelo imperador estava o acesso das províncias aos direitos dos cidadãos.

Além disso, auxiliou no processo de construção de estradas que facilitariam a ligação entre todo o império. Durante seu governo, Cláudio conseguiu, ainda, o domínio da região de Britânia, desejo do ex-imperador Júlio César.

Nero (54-68 d.C.)

Nero assumiu o poder de forma drástica. Isso porque, entrou no lugar de Cláudio, morto pela própria esposa, Agripina. A mulher era mãe de Nero e matou o marido para que o filho pudesse assumir como imperador. Assim, Nero entrou para a dinastia Júlio-Claudiana como o último imperador antes da próxima dinastia.

Dessa forma, governando entre os anos 54 e 68 d.C, Nero tinha apenas 17 anos quando se tornou imperador. Assim, o período em que estava no poder foi marcado por intensa violência e perseguição. Isso porque Nero mandava perseguir e matar qualquer pessoa que ameasse seu governo.

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Imperador Nero

Vale ressaltar que, durante o império de Nero, os cristãos formam duramente perseguidos a mando do imperador. Por fim, a dinastia Júlio-Claudiana foi marcada por intensos períodos de violência, além de propostas burocráticas promovidas pelos imperadores.

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Fontes: Info Escola e Brasil Escola

Imagens: Italiana, Canal Bortolus, Pablo Aluísio, Estudo Prático, Partial Historianas e Historias de la Historia

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