O ceticismo é um sistema filosófico fundado pelo filósofo grego Pirro de Élida (318 a.C.-272 a.C.), que tem como base a ideia de que o homem não é capaz de atingir a certeza absoluta sobre um conhecimento em específico.
Na prática, o ceticismo é o ato de duvidar de tudo. Sendo assim, uma pessoa cética é uma pessoa descrente, que não acredita nas coisas. Ou seja, a pessoa é incrédula.
O contrário do ceticismo é o dogmatismo. Portanto, uma pessoa dogmática é aquela que acredita em tudo.
Origem do ceticismo
O ceticismo foi fundado pelo filósofo grego Pirro de Élida (318 a.C.-272 a.C.). Em resumo, Pirro de Élida acompanhou o rei Alexandre, o Grande, em suas expedições pelo Oriente.
Na viagem, ele teve contato com várias culturas e sistemas políticos diferentes dos costumes gregos. Dessa forma, ele notou que coisas que eram justas em uma sociedade eram injustas em outra.
Sendo assim, ele passou a se questionar e duvidar das coisas. Por fim, ele declarou que viver bem, para os céticos, é viver sem emitir juízos, ou seja, na “epoché”.
Vale ressaltar que, como muitos filósofos da época, Pirro não deixou escritos nem fundou uma escola.
Portanto, as informações que temos sobre o seu pensamento foram encontradas em fragmentos de obras dos que eram discípulos do filósofo.
Características
Para os céticos, todo conhecimento é relativo. Isso porque, ele depende da realidade da pessoa que o possui e das condições do objeto que está sendo analisado.
Além disso, a cultura muda a cada período histórico. Sendo assim, para os céticos não é possível definir o que é real e irreal ou correto e incorreto.
Portanto, os céticos defendem que é preciso assumir uma postura neutra nas questões. Ou seja, não fazer julgamentos.
Tipos de ceticismo
Em resumo, os tipos de ceticismo são:
1- Filosófico
Esse tipo teve sua origem na filosofia grega. Em resumo, ele consistia na negação da validade fundamental de algumas teses ou correntes filosóficas.
Sendo assim, existe uma dúvida na noção de verdade absoluta ou conhecimento absoluto.
2- Absoluto ou relativo
O ceticismo pode ter níveis de intensidade. Por exemplo, o ceticismo absoluto tem como base a ideia de que não podemos conhecer a verdade, pois os sentidos se enganam.
Esse tipo foi criado por Górgia e acredita que tudo é uma ilusão. Já o ceticismo relativo não nega totalmente a possibilidade de conhecer a verdade.
Ao invés disso, ele nega apenas em parte a possibilidade do conhecimento. Ao mesmo tempo, ele admite uma probabilidade.
Enfim, algumas correntes que apresentavam ideias do ceticismo relativo são:
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Pragmatismo
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Relativismo
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Probabilismo
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Subjetivismo
3- Científico
Esse tipo indica uma atitude com base em método científico. Ou seja, a intenção é questionar a verdade por meio de argumentos que a comprovem ou neguem.
4- Religioso
Por fim, temos o ceticismo religioso que, muitas vezes, é visto como uma atitude oposta à fé.
Em síntese, a pessoa duvida das tradições e cultura religiosa. Logo, ela questiona também os ensinamentos transmitidos pelas religiões.
Pensadores céticos
Alguns exemplos de filósofos céticos da antiguidade são:
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Pirro de Élis (filósofo grego do séc. III a.C.)
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Carneádes de Cirene (filósofo grego do séc. II a.C.)
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Arcesilau (filósofo grego do séc. III a.C.)
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Enesidemo (filósofo grego do séc. I a.C.)
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Sexto Empírico (filósofo grego do séc. II)
Ceticismo x dogmatismo
Ambas são correntes filosóficas opostas. Em resumo, o ceticismo questiona e duvida de tudo.
Sendo que os céticos reconhecem a dúvida como a única atitude do sábio. Sendo assim, renunciar as certezas é uma condição para a felicidade.
Por outro lado, o dogmatismo acredita na verdade absoluta. Além disso, os dogmáticos aceitam sem discussão o que afirmam ou alegam.
Fontes: Significados, Toda matéria, Sua pesquisa e, por fim, Infoescola.